Wine bar para ver o pôr do sol junto à Sé do Porto

No arco de um antigo aqueduto da Sé foi criado um bar de vinhos com consultoria do escanção Manuel Moreira e uma vista deslumbrante sobre a Ribeira e o rio Douro.

Era uma vez, em 2014, uma casa do século XVIII que sofreu obras de reabilitação. Quando menos se esperava, descobriu-se que encerrava um tesouro. Aquela habitação devoluta nas Escadas das Verdades era, afinal, o arco de um aqueduto que abastecia o convento de São Lourenço, atual Seminário Maior do Porto. Foi ali, quase a chegar às Escadas do Barredo, no miolo do velho Porto que se aninha junto à Sé, que em novembro abriu o Arco das Verdades Wine Bar, um espaço clássico mas descontraído com vista de cortar a respiração.

Das janelas que trazem a luminosidade do exterior avista-se uma paisagem imensa que vai da antiga muralha fernandina à Ribeira, com o Douro e a ponte Luiz I como notas dominantes. Se até agora a maior parte da clientela é feita de turistas exploradores, o desejo da casa é atrair «as gentes do Porto para esta zona da cidade que é menos conhecida», diz o gerente, Rogério Prieto, catalão de 35 anos que mora na cidade há dez e não tem pejo em dizer que é já um portuense de coração.

A carta de vinhos elaborada pelo escanção Manuel Moreira conta com cerca de noventa referências e privilegia os vinhos do Douro e Norte, destacando-se algumas marcas de Trás-os-Montes menos usuais no mercado.

Não falta uma pequena lista de petiscos que ajudam à degustação do vinho (ou da cerveja, que aqui é artesanal).

Há vinho a copo (entre 3 a 5 euros) e garrafa (12 a 45 euros), «bastante vinho do porto, pela ligação à cidade, e também alguns cocktails vínicos». Entre estes, estão o pink shade (porto rosé, água com gás, aromatizado com limão), o happy port (porto ruby aromatizado com laranja e hortelã) ou o porto mojito (porto branco seco com hortelã, sumo de lima e açúcar mascavado).

Não falta uma pequena lista de petiscos que ajudam à degustação do vinho (ou da cerveja, que aqui é artesanal), como tábuas de queijo e enchidos, tostas, bôla e uma salada do dia. Os vários vinhos à disposição repousam numa garrafeira construída com ferro de cofragem, material que estamos mais habituados a ver em estaleiros de obras, e na estante «colada» à lareira estão dispostos vários livros para consulta. O tema comum é o Porto e os seus artistas, mas também revistas alusivas à cidade, como a incontornável O Tripeiro.

Acompanhar o por do sol deu o mote para o horário desta casa, que funciona apenas até ao final da tarde. Quando os dias voltarem a ser maiores, deverá ser alargado, para bem de todos os que procuram verdades como esta.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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