Depois da sopa molha-se a boca, aforismo antigo que excluía a hipótese de acompanhar a primeira etapa com vinho. Em vez disso, propomos-lhe a ligação clássica do vinho da Madeira seco, assim chamado por ser o menos doce. Ligação feliz, a pôr à prova com caldos finos e suaves. A poderosa sopa de marisco de duas cozeduras – bi-cuit em francês, resultando em bisque – encontra parceiro inesperado num vinho verde ainda mais inesperado, ao passo que na popular alheira lhe apresentamos uma relíquia da casta Vital que está a conhecer nova vida. Os bacalhaus da temporada merecem e precisam de corte e resolução à mesa, propomos a casta Encruzado para o efeito. O peru assado que se come em todo o país – enquanto aguardamos ansiosos a substituição pelo tão nosso capão de Freamunde – adora tintos elegantes do Douro e isso prova-se. Depois a extensa e variada doçaria, a que dedicamos mais atenção, seguindo o modo aventura que é enveredar por caminhos menos usados. Boas provas e Bom Natal!
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