A dois passos da agitação do Largo de São Domingos e da Rua das Flores, a Rua de Belomonte é bem mais calma, e até bastante discreta, numa zona da cidade muito popular nos circuitos de turismo. Foi rasgada pelos frades Dominicanos e começa a aparecer com o nome atual no século XVI. Terá sido um cruzeiro que existia pouco antes de se chegar ao Largo de São João Novo, O Padrão de Belmonte, que lhe terá dado a toponímia que curiosamente se conservou até hoje, não tendo sido afetada por acontecimentos históricos ou personalidades de relevo, como aconteceu noutras zonas da cidade. Apesar de não ser muito longa, a rua que sobe para depois descer, guarda em si alguns tesouros como a Escovaria de Belomonte, um dos negócios mais antigos da cidade, e provavelmente único na Península Ibérica, e várias casas dos séculos XVII e XVIII, sendo a dos Pacheco Pereira a mais famosa, por representar um dos melhores exemplos da arquitetura civil portuense do século XVIII. Hoje o edifício acolhe um dos núcleos da Escola Superior Artística do Porto.
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