Na zona velha de Alvor, uma vila e freguesia do concelho de Portimão, quase todas as ruas – se não todas – têm dois nomes. A Marquês de Pombal não é exceção, até porque é uma das principais artérias. Também apelidada de Rua Abaixo, é ainda por este nome que os moradores, sobretudo os mais velhos, a continuam a chamar. Para estes, é indiferente o nome que está escrito em letras maiúsculas na placa toponímia. O que importa mesmo é o que se lê entre parêntesis, neste caso «Rua Abaixo».
Um grupo de pescadores que remenda as redes para a pesca da sardinha que já se avizinha tem a explicação para esta designação. O batismo da Rua Abaixo, asseguram, «não tem nada que saber». Antigamente, as ruas não tinham nomes oficiais e, por isso, o povo atribuía-lhes um relacionado com algo próximo. Neste caso, metade desta artéria tem uma inclinação muito grande que vai ter à Ria de Alvor, daí a designação.
Esta parte inclinada está revestida a asfalto e circulam carros e pessoas. Já na outra metade da rua, é a calçada que impera e está reservada aos peões. É nesta zona que se concentra o comércio e o turismo.
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