Oliveira de Azeméis volta a decalcar e a reviver o mercado de outros tempos

Mercado à Moda Antiga, em Oliveira de Azeméis (Fotografia de Fábio Poço/GI)
Mercado à Moda Antiga regressa ao centro da cidade com costumes e ofícios, sabores e produtos. No próximo fim de semana, dias 20 e 21 de maio, revive-se o passado tal como era. As padeiras e os padeiros de Ul são a imagem do evento.

Recue-se ao passado, a memórias de outros tempos, a tradições que a História não apagou. Recue-se mais precisamente à então Praça dos Vales, espaço do mercado das terras oliveirenses nos finais do século XIX. O Mercado à Moda Antiga de Oliveira de Azeméis está de volta, cumpre a 24.ª edição, com a participação de cerca de 80 associações do concelho e mais de dois mil figurantes preparados para decalcar cenários que perduram no imaginário coletivo. Sábado e domingo, dias 20 e 21, há muito para ver e reviver. Com arte e mestria.

Artesãos trajados a rigor recriam o ambiente daquela época num recinto com perto de quatro hectares. O centro histórico da cidade veste-se à moda do antigamente com ofícios, costumes e artes trabalhadas ao vivo durante dois dias. Há artesanato para mostrar e vender, tecelagem em linho e em algodão, peças em xisto, cerâmica feita de barro, azulejo fabricado à mão, peças de costura, madeiras trabalhadas, couro e pele. Há um programa de animação, danças e cantares, música tradicional, folclore e fado, doçaria portuguesa e conventual, gastronomia também.

É o mercado que ali se fazia, repleto de oferta, com todos e para todos. Alfaias, bonecos, cristais, pedras decorativas, ervas e plantas aromáticas e medicinais. E não só. Socas à moda antiga, bijuteria, antiguidades também, brinquedos tradicionais, peças de fina filigrana, instrumentos musicais, a bela arte sacra, joias e outras peças em gesso, telha pintada à mão. A lã trabalha-se ao vivo e a cores.

As padeiras e os padeiros de Ul são a imagem do evento como forma de honrar uma arte ancestral, uma profissão com história, uma atividade que se conseguiu reter no tempo. Uma maneira de homenagear mulheres e homens, seu saber e fazer. Há um cartaz inteiramente dedicado a elas e a eles e o cheiro a pão andará no ar. O mercado tem um copo oficial, fabricado em grés, à venda por dois euros, uma recordação para levar para casa. E uma forma de respeitar a época em questão, sem materiais, utensílios e produtos embalados em plástico, e sem bebidas em lata.

Há mais de um século era assim, havia produtos da terra com fartura, ofícios que atravessaram gerações. O programa direciona-se a gente de várias idades, tem jogos tradicionais, oficinas infantis, um carrossel artesanal e uma quintinha com animais para os mais pequenos. Oliveira de Azeméis está a postos para regressar ao passado. Falta pouco, muito pouco.




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