Na Lourinhã, há um mundo de dinossauros por descobrir (e muito mais)

O DinoParque tem fósseis e modelos de dinossauros à escala real. (Fotografia de Jorge Amaral/GI)
Um parque com dez hectares e 180 figuras em tamanho real, um museu pequeno e cheio de riquezas e ainda uma mostra urbana para conhecer - tudo na Lourinhã.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.Este verão, dois achados revigoraram as conversas sobre dinossauros. Em Portugal, foi extraído de uma jazida, em Pombal, parte de um esqueleto fossilizado de um saurópode com 25 metros de comprimento que será provavelmente o maior encontrado por cá. E foi ainda anunciada a descoberta de uma nova espécie no Zimbabué, o Mbiresaurus Raathi, que será o mais antigo dinossauro encontrado em África até hoje.

Estas novidades podem ser o gatilho para planear uma visita ao lugar de relevância mundial no âmbito da Paleontologia que nos fica mais à mão: falamos da Lourinhã , onde há – literalmente – dinossauros em todas as esquinas. Entre o Museu da Lourinhã, um pequeno espaço cheio de atrações (incluindo um laboratório onde trabalham cientistas de vários países), a ruas com estátuas em tamanho real dos populares répteis gigantes, e o Dino Parque, com dez hectares destas figuras, há muito que conhecer neste concelho da Região Oeste.

O Dino Parque, situado fora do centro urbano, é visita para fazer munido de merenda (há várias zonas com mesas ao longo dos quatro quilómetros de trilhos), embora também haja um espaço de restauração. Inclui cinco percursos temáticos (os quatro períodos do Mesozóico e ainda Monstros Marinhos), com mais de 180 modelos em tamanho real, e animação diversa. A entrada, pelo museu, não é para abreviar: há fósseis de ossos e de ovos de dinossauros que viveram em Portugal, como o Torvosauros, o maior carnívoro da Europa.

(Fotografia de Jorge Amaral/GI)

Pelas ruas da vila, a Mostra Urbana de Dinossauros permite conhecer 12 deles, em tamanho real, com placas interpretativas para ler, ouvir e tocar (estão também em braille). Para os percorrer a todos, fazem-se pouco mais de dois quilómetros que servem também para sentir o pulsar da pacata sede do concelho.

Vai dar de caras com todos os figurões mais populares, como T-Rex, o Triceratops, o Stegosaurus ou o Ankylosaurus. E ainda com dois dinossauros que foram descobertos pela primeira vez na Lourinhã: o Lourinhanosaurus (na Praça D. Lourenço Vicente) e o Dinheirosaurus (Parque da Cegonha, que se encontra atualmente em obras e interditado ao público).

É um passeio para sacar muitas vezes a máquina fotográfia, e para dar antes ou depois de visitar o Museu da Lourinhã, no centro da vila, aberto desde 1984. Entre as várias valências, uma das atrações é, sem dúvida, o laboratório onde cientistas e estudantes estudam os fósseis, bem visível através de uma parede de vidro.


Paragens na vila

Um museu de muitas frentes
O Museu da Lourinhã, instalado numa casa tradicional no centro da vila, vai mais além dos dinossauros e da paleontologia. É obrigatório, claro está, conhecer a sua coleção de relevância mundial de fósseis do Jurássico Superior – que é partilhada com o Dino Parque, a extensão de “edutainement” do museu -, mas conta ainda com uma exposição sobre a formação e desenvolvimento do oceano Atlântico e as comunidades ligadas ao mar. Além do já referido laboratório de Paleontologia, o Museu da Lourinhã tem um nicho de realidade virtual e um pequeno jardim jurássico. Vale muito a pena demorar-se na exposição da coleção etnográfica sobre artes e ofícios, terminando na chamada “casa da avó”.

(Fotografia: DR)


Barriga para os doces
Num território rico em abóboras, peras, maçãs e que alberga a única aguardente DOC do país, pode contar com doçarias inspiradas por esta fartura. Nas mercearias e pastelarias locais encontra compotas e licores, assim como vários bolos, pastéis e tartes criadas na região. É o caso das Areias Brancas e Paimogos (doces com nomes de lugares da Lourinhã), dos bombons de aguardente e da imperdível Tarte D. Isabel, que leva abóbora, uma cobertura de pevides e um aroma de aguardente.

(Fotografia: DR)


Conhecer a adega da aguardente
Há visitas mais longas na Adega Cooperativa, mas numa hora apenas, é possível conhecer a história da aguardente vínica DOC da Lourinhã e fazer uma prova. E ainda, com alguma sorte, experimentar lacrar e rotular uma garrafa para levar para casa. Os preços começam nos 10 euros por pessoa, a marcação é obrigatória, mas fácil de agendar. Vale a pena conhecer a história da única região de aguardente DOC de Portugal, e uma das três da Europa e, no final, levar uma garrafa com uma ótima relação qualidade preço.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

 




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend