Este castelo tem vista para o maior lago da Europa

Quando se fala de castelos com vida, Monsaraz merece ser sempre chamada à conversa. No interior de muralhas, há bom espaços para petiscar e ver o Alqueva, o maior lago artificial da Europa.

 

Talvez Monsaraz não precise de promoção. De prova estão aí os mais de 90 mil visitantes registados em 2017, na falta de dados do ano passado. Antes do boom turístico, antes de o Alentejo virar o segredo mais mal guardado do Sul da Europa e de o Alqueva ter trazido o cenário que compõe um magnífico postal, já Monsaraz se reerguia. Onde outros optaram pela modernidade, pela novidade, pelo futurismo, aqui seguiu-se a via de manter, recuperar, não estragar. E aí se construiu futuro.

Vale sempre a pena falar de Monsaraz, afinal de contas. Porque cruzar a Porta da Vila não perdeu ainda a magia, por mais castelos que se visitem – e por mais turistas que visitem este castelo. Este ano, ganhará novos motivos de interesse, com a recuperação de parte da muralha em curso, com data de conclusão ainda por anunciar, que irá criar um percurso pedestre com ligação ao Centro Interativo da História Judaica, bem como reabrir uma porta da muralha até aqui entaipada.

Com ou sem caminhada, há sempre apetite – diz-se que são os ares do Alentejo que nos põem a pensar com o estômago. E é normal que se entre muralha adentro logo com o sentido na mesa do Sabores de Monsaraz, nas migas gatas com bacalhau e coentros da dona Isabel, no borrego assado, no cozido de grão que só se consegue por encomenda. Para quem preferir leveza, refeições mais informais e sem hora fixa, é de tentar a sorte – já que os lugares são poucos – no bar petisqueiro O Gaspacho. Queijos, enchidos, saladinhas e tibornas são quanto baste para nos pôr de bem com o mundo.

Já de saída, importa não deixar escapar a Loja da Mizette, de uma holandesa que se deixou conquistar pelas mantas alentejanas em particular e pelo artesanato regional em geral. E, porta ao lado, outro estrangeiro rendido, Thierry Bernard, que ali abriu a Casa Tial, parte loja (de vinhos, azeites, biscoitos, licores, aromáticas), parte café. Bons tempos estes, em que uma velha fortificação serve para chamar mais «invasores». Venham eles.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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