Jardim da Villa Margaridi, em Guimarães, abre a visitas – com camélias centenárias

A Villa Margaridi, em Guimarães, está aberta a visitas. (Fotografia de Miguel Pereira/GI)
A Villa Margaridi é uma propriedade de grandes dimensões que se esconde entre as construções de Guimarães, a Cidade-Berço. O jardim da antiga casa rural aristocrática, bem como três das suas árvores, foi classificado como de interesse público e pode ser visitado.

Os primeiros documentos em que aparece referida a Villa Margaridi datam de 1021. Situada em Mesão Frio, não há muitos anos, a quinta estava fora do perímetro urbano. Contudo, o crescimento da cidade para a periferia, a partir dos anos 90 do século XX, envolveu-a na malha urbana.

Percorre-se uma rua de prédios altos, vira-se à direita por uma alameda ladeada de árvores e, de repente, deixa-se a cidade e chega-se ao campo. O terreno elevado e as árvores altas ajudam a camuflar a quinta. Para José Couceiro, o proprietário e anfitrião, “a melhor vista é do parque de estacionamento”. De facto, logo que se sai do carro é possível vislumbrar todo o jardim, com a casa senhorial em segundo plano e a cidade de Guimarães ao fundo.

A visita ao Jardim da Casa de Margaride, guiada pelo proprietário, é mais do que um passeio, é uma oportunidade para aprender história e botânica. José Couceiro conduz os visitantes enquanto conta a história da casa e do jardim e aponta os detalhes de cada uma das espécies de plantas. As visitas fazem-se por marcação, a oito euros por pessoa, incluindo uma prova do vinho biológico da quinta.

O desenho do espaço divide-se em três áreas. Na primeira parte o jardim é luminoso e bordejado por altas topiárias geométricas em azevinhos e camélias, nos canteiros de buxo há plantas anuais e, ao centro, uma fonte hexagonal. Na zona intermédia, mais sombria, os canteiros são guarnecidos com gardénias, há mais camélias e um grande teixo talhado em forma colunar. A terceira área do jardim é um caramanchão constituído por uma única camélia topiada em forma circular, criando uma atmosfera fresca e obscura.

 

Em destaque na Villa Margaridi

# Casa de Fresco
Resguardado por uma sebe de bucho e sombreado pelos 39 metros de diâmetro da copa de uma camélia, o reservado caramanchão, no fundo do jardim, convida à leitura ou a reflexão. Com uma temperatura média sete graus inferior ao exterior, foi construído para fugir à canícula dos dias de verão.

(Fotografia de Miguel Pereira/GI)


# Terreiro
A Camellia Japonica centenária, perfeitamente talhada em forma de campânula, com 6,5 metros de diâmetro por 6,15 metros de altura, só por si é admirável. Quando enquadrada no terreiro da casa, junto ao tanque de pedra lavrada, com água permanentemente a correr, torna-se monumental; e foi isso que levou à sua classificação.

(Fotografia de Miguel Pereira/GI)


# Japonica ou reticulata?
Durante o passeio é possível admirar vários tipos de camélias. José Couceiro esclarece quais foram as primeiras a chegar à Europa, ensina a distinguir um Camellia Japonica de uma reticulata e aponta uma Capitão Rawes (nomeada assim em homenagem ao marinheiro que a trouxe da China). As camélias crescem apenas 2,5 centímetros por ano.


# Entre árvores de fruto ao som da água
A vista da parte alta da quinta é deslumbrante e permite abarcar os vários espaços: o grande diospireiro e a pereira classificados, a geometria do jardim, a eira e o terreiro da casa. Ao princípio da manhã ou ao fim do dia, quando há menos ruído, é possível ouvir o rumorejar da água e adivinhar o tanque. Tudo isto, a cinco minutos de carro do Centro Histórico de Guimarães.

(Fotografia de Miguel Pereira/GI)

 

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