Expo’98 «regressa» com espetáculo ao Parque das Nações

Já passaram 20 anos desde que as portas da Expo’98 se abriram para receber 11 milhões de visitantes ao longo de quatro meses, em Lisboa. Para assinalar a efeméride, realiza-se um espetáculo multimédia na pala do Pavilhão de Portugal, entre 25 de maio a 2 de junho.

Um espetáculo multimédia, com um écrã de água e animação de rua, vai permitir recordar o que foi a Expo’98 e o próprio Parque das Nações antes de a Exposição Nacional de Lisboa acontecer naquela zona outrora industrial e degradada da cidade. O espetáculo terá lugar na pala do Pavilhão de Portugal, entre 25 de maio e 2 de junho, com sessões diárias às 21h30 e 22h30. A entrada é livre.

«Este é um espetáculo em três momentos, narrados pela voz do locutor Eduardo Rêgo: primeiro, recorda-se a reconstrução daquele espaço da zona oriental de Lisboa, depois celebra-se a exposição de 1998 e, finalmente, espelha-se a atualidade do Parque das Nações», explica em comunicado a Associação Turismo de Lisboa, que organiza o evento em conjunto com a Câmara de Lisboa e a EGEAC.

Para dar forma à encenação será montado debaixo da pala do Pavilhão de Portugal «um écrã de água com 30 metros de comprimento e 10 de altura, em que serão projetados vídeos e imagens que farão recordar os momentos altos da Exposição Universal de Lisboa». As imagens, pertencentes ao espólio da RTP, que televisionou a cerimónia de abertura feita no mesmo local, foram selecionadas pelo jornalista Mário Augusto e surgirão acompanhadas de uma banda sonora que contém excertos do tema musical Pangea, icónico da Expo’98, da autoria de Nuno Rebelo.

No início da primeira projeção sobre o pano de água e nos intervalos dos espetáculos entram ainda em cena nove Olharapos, «criaturas meio humanas, meio animais, com um, dois ou três olhos que deambulavam de manhã à noite pelo recinto» a animar os visitantes. As estruturas, com três rodas, eram manobras por atores a partir do interior e do exterior e foram concebidas pelos ingleses Kevin Plumb e Campbell Ruchan, em colaboração com alunos das Belas Artes.

A Expo’98, ou Exposição Universal de Lisboa, abriu ao público a 22 de maio de 1998 no Parque das Nações, onde esteve durante quatro meses e uma semana, contou com a representação de 146 países de todo o mundo e chegou a receber 11 milhões de visitantes. Este evento, recorde-se, deu origem a uma das maiores revoluções urbanísticas feitas em Portugal, que consistiu na transformação de uma antiga zona industrial numa ampla zona de habitação, escritórios e lazer aberta à população e ao rio Tejo, que atualmente é a Freguesia do Parque das Nações, onde vivem cerca de 28 mil pessoas.

 

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