Expo’98: o que já não existe e o que há de novo 20 anos depois

Muita da herança da Expo'98, que durou quatro meses e uma semana, permanece. Mas houve também mudanças, vários edifícios que desapareceram e muitos outros que entretanto surgiram e deram nova vida ao que hoje chamamos de Parque das Nações. É hora de dar os parabéns à Expo'98!
O que já não existe da Expo’98 no Parque das Nações

A Praça Sony foi o espaço onde se realizaram os concertos mais importantes do evento.

 

Se houve edifícios que se mantiveram e outros que foram convertidos, também houve os que desapareceram depois de 30 de setembro de 1998. A Zona Internacional Sul, que acolheu dezenas de pavilhões de países foi abaixo e deu lugar a prédios de habitação. O Pavilhão da Realidade Virtual resistiu até ao final do ano de 1998. Entrava-se num simulador, onde os visitantes eram rodeados por um ecrã gigante e «submergiam» nas águas até às ruínas subaquáticas de uma cidade perdida. O submarino era depois atacado por criaturas marinhas, abanando a plataforma e os seus passageiros.

Quase colado a este pavilhão ficava o Bar Bugix, do músico Luís Represas. Este espaço ficou famoso por a partir de certa altura – reza a lenda que a 10 de junho – passar-se a dançar em cima das suas resistentes mesas de madeira. A moda ficou até ao seu encerramento, anos depois da Expo, e posterior demolição. Onde agora está instalada a sede da Vodafone Portugal ficava a Área das Organizações Nacionais com o pavilhão do ICEP – Turismo de Portugal, o da ViniPortugal e o dos Açores. Era aí que também estava o pavilhão de Timor-Leste, território que nessa altura ainda vivia sob domínio indonésio. Também o Pavilhão do Território não resistiu. Tinha uma sala dedicada à cidade do Porto, onde estava o maior cálice de vinho do porto do mundo. Havia ainda um simulador 3D onde se viajava por imagens de satélite por Portugal. No final, passava um vídeo sobre a Área Metropolitana de Lisboa. Depois da Expo’98, o edifício ainda foi o Bowling Internacional de Lisboa durante alguns anos até que foi demolido para se construir um prédio de escritórios. O edifício da Área das Organizações Internacionais, como a ONU e NATO, teve o mesmo fim.

O Pavilhão de Macau, com a sua fachada a replicar as Ruínas de São Paulo, foi um dos que teve maior sucesso. À entrada do pavilhão era dada uma ficha para ser usada nas slot machines que remetiam para os casinos daquela cidade à época ainda portuguesa. No espaço central havia uma réplica de um jardim chinês. O pavilhão já não existe no Parque das Nações, mas foi transferido para o Parque da Cidade de Loures. O Pavilhão da Água também já não existe em Lisboa, de onde foi desmontado para ter nova vida no Parque da Cidade do Porto. Tem espelhos e jogos de água no seu exterior e interior, sendo bastante interativo e muito popular entre os mais novos. Fechou em 2017 para remodelações.

Outra atração que desapareceu foi a famosa Praça Sony, um espaço em anfiteatro e com um ecrã gigante, que ficava entre a atual FIL e a Torre Vasco da Gama. Foi ali que, durante a Expo, atuaram, entre muitos outros Xutos & Pontapés, Foo Fighters, Garbage, Ringo Star, BB King, Caetano Veloso, Joaquin Cortez, Morcheeba, Simply Red, Gal Costa, Sheryl Crow, Madredeus. Hoje é um descampado praticamente abandonado.

 

São dezenas os restaurantes que continuam a atrair pessoas ao Parque das Nações. (Fotografia de Nuno Pinto Fernandes/GI)

 

O que há de novo no Parque das Nações

O Cantinho do Avillez foi um dos mais recentes restaurantes a instalar-se no Parque das Nações.

Nestes últimos 20 anos, o Parque das Nações, que entretanto se transformou numa nova freguesia da cidade de Lisboa, cresceu essencialmente no bairro da zona sul, entre a marina e a Torre Galp, que resistiu como memória do que foi aquele espaço antes da Expo’98, e no bairro da zona norte, entre a Torre Vasco da Gama e a ponte com o mesmo nome. Ao passear nestas zonas residenciais a tranquilidade é a sensação que mais se evidencia. O comércio não existe em grande número e serve sobretudo os moradores, com pastelarias, restaurantes de bairro, lojas de animais, lavandarias, ginásios, loja de reparação de telemóveis e imobiliárias. A qualidade do edificado e dos espaços públicos são uma evidência, justificando o prestígio de alto padrão desta freguesia lisboeta, onde vivem cerca de 28 mil pessoas.

Muitas empresas e hotéis instalaram-se na zona central do Parque das Nações, sobretudo na Avenida D. João II. Aí, mais perto da Gare do Oriente e Centro Vasco da Gama a azáfama e a confusão são maiores, tanto em número de pessoas como de trânsito automóvel. E muitos foram os restaurantes que abriram nos últimos anos nesta parte da cidade e que já são uma referência. Um dos últimos a chegar foi o Cantinho do Avillez. Percorra a fotogaleria para ver imagens do que já não existe e do que há de novo no Parque das Nações, onde se realizou a Expo’98.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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