O elétrico 22 é uma das três linhas de elétrico existentes no Porto e passa por algumas das mais centrais e emblemáticas ruas da cidade. Difícil é resistir à tentação de sair em todas as paragens.
O Porto foi a primeira cidade da Península Ibérica a receber um serviço de transportes eletrificado, em 1895. E se no seu auge, em 1950, quem mais saltava a bordo dos elétricos, que percorriam 38 linhas, eram os portugueses, hoje em dia são os turistas, que deliciados, de máquina fotográfica em punho, documentam toda a experiência, feita numa das três linhas que existem atualmente. O elétrico 22, do alto dos seus 78 anos, faz uma viagem circular entre o Carmo e a Batalha, sendo possível entrar em qualquer uma das dez paragens. Durante os 30 minutos de passeio a carruagem desliza pelas ruas mais emblemáticas do centro da cidade, como a dos Clérigos, a Praça da Liberdade e a Praça da Batalha, e a oferta gastronómica abunda por todo o percurso. Além disso, a viagem é grátis para certos tarifários Andante/STCP. Mais do que razões para subir a bordo.
Percorra a fotogaleria para saber mais sobre cinco das estações do elétrico 22 que liga o Carmo à Batalha, no Porto.
01. Carmo
A viagem do 22 parte da Rua de Parada Leitão, em frente ao centenário Café Piolho, muito frequentado por estudantes universitários e ponto de encontro de diversas gerações, onde se petisca noite dentro. Do outro lado da rua encontram-se as igrejas geminadas dos Carmelitas Descalços e de Nossa Senhora do Monte do Carmo, um conjunto imponente classificado como monumento nacional desde 2013. A carruagem segue pelo Jardim da Cordoaria, onde está um conjunto de quatro esculturas do espanhol Juan Muñoz doadas durante o Porto 2001 - Capital Europeia da Cultura.
(Fotografia de Artur Machado/GI)
02. Clérigos
Impõe-se uma visita à Torre dos Clérigos. Há 240 degraus para se vencer até chegar ao topo, mas na Sala A+ recria-se a experiência para quem não pode, ou não quer, subir as escadas. Comer nesta zona não é tarefa difícil - há petiscos e mesa comunitária para partilhar no Brick, pizas pedem-se no Hand Go e gelados artesanais na Ice Lovers. No café e mercearia Linha 22 provam-se tapas e vinhos.
(Fotografia de Rui Oliveira/GI)
03. Praça da Liberdade
Perto, fica a Igreja de Santo António dos Congregados, dedicada ao santo que lhe dá nome, e que está representado numa imagem da fachada e nas pinturas murais interiores, que representam cenas da sua vida. Outro mural digno de visita é o que está na Rua da Madeira. “Quem és, Porto?” junta três mil azulejos pintados por pessoas da cidade que tentaram responder à pergunta. Miguel Januário dinamizou o projeto.
(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)
04. Batalha
O Teatro Nacional São João recebe visitas guiadas de terça a sábado, às 12h30, sem necessidade de marcação prévia, pelo preço de 5 euros por pessoa. Os visitantes ficam a conhecer a sala de espetáculos, a sala de ensaios, os camarins e as zonas técnicas deste monumento nacional. Do outro lado da rua está o NH Collection Porto Batalha, uma boa opção para pernoitar na cidade. O hotel ocupa o antigo edifício dos CTT e o vermelho da fachada é uma alusão à empresa de correios. No interior encontram-se selos e símbolos dos antigos correios presentes na decoração.
(Fotografia de Igor Martins/GI)
05. Batalha - Guindais
Se os planos foram de descer até à Ribeira no Funicular dos Guindais, esta é paragem ideal para saltar do elétrico. Se a ideia for continuar, basta levantar e virar as costas da cadeira - momento que costuma causar grande admiração aos turistas. Mais uma vez, não faltam lugares para reconfortar o estômago. Na área de restauração Tasty District, instalado no edifício do antigo Governo Civil e da PSP, encontram-se cinco espaços, e do outro lado da rua surge a afamada Shiko - Tasca Japonesa.
(Fotografia de Rui Oliveira/GI)
06. Praça D. João I
Esta paragem dá de caras com o Teatro Rivoli e justifica-se entrar tanto para um espetáculo de teatro ou dança, como para almoçar ou lanchar no Café Rivoli, situado no terceiro piso. A escassos metros fica a Tubitek, uma loja histórica de vinis, que depois de ter fechado as portas no início da década de 2000, reabriu há quatro anos, e a Leica Store, a única loja do país da marca alemã de fotografia. À oferta de máquinas fotográficas, junta-se uma galeria.
(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)
Ligações desde as 09h15 até às 19h15. 3 euros por trajeto. stcp.pt
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