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Conhecer Trás-os-Montes em movimento na natureza

Ecovia do Rabaçal. em Valpaços. (Rui Manuel Ferreira / Global Imagens)

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Trilhos para fazer a caminhar ou a pedalar, percursos de barco que permitem conhecer melhor o Douro e as suas arribas, abrigos para observar aves, espaços para ver estrelas junto ao Tua: no vasto território que é Trás os Montes o turismo de natureza continua a crescer.

Em Valpaços, a ECOVIA DO RABAÇAL foi uma das grandes responsáveis pelo aumento de visitantes ao concelho. Pensada por Jorge Pires, vereador da autarquia, em parceria com arqueólogos, biólogos, engenheiros, geólogos e antropólogos, a Ecovia ficou pronta em 2019. Na National Geographic foi publicado um extenso trabalho sobre a mesma e desde aí que não pararam de chegar curiosos ao concelho.

Pelos 49 quilómetros de ecovia há muito património a conhecer. Todos os percursos se cruzam na Praia do Rabaçal. Quem começar aqui e for até Lilela, passa pela ponte romana do Arquinho, do século I d.C, e pela aldeia do Cachão, já abandonada. Sempre ao longo do rio Rabaçal chega-se à foz do rio Torto. Aqui há outra praia fluvial e um pouco mais à frente um observatório de aves. Pelo PR3, que se deve começar em Tinhela, um pouco afastado do rio, passa-se por outra aldeia abandonada, Calvo, que vale a pena visitar pelo seu património ligado à agricultura e à pastorícia, como moinhos e lagares escavados na rocha da época romana.

As muitas vidas do Vale do Tua

Trabalho de organização e divulgação do território, principalmente para receber turistas, é também o que está a fazer o PARQUE DO VALE DO TUA, composto por cinco “portas de entrada”: Carrazeda de Ansiães, Murça, Mirandela, Vila Flor e Alijó (estas duas últimas ainda por abrir), que são centro de acolhimento onde se pode ficar a conhecer melhor as especificidades de cada um dos municípios.

Miradouro Olhos do Tua (Pedro Granadeiro/Global Imagens)

A PORTA DE CARRAZEDA DE ANSIÃES abriu em fevereiro do ano passado e já no verão recebeu muitos visitantes, principalmente “portugueses à descoberta do interior”, refere Alice Machado ,que recebe aqui os turistas, mesmo ao lado da estação ferroviária Foz Tua. Aqui é possível obter informações dos vários percursos pedestres que revelam a riqueza do vale, como monumentos megalíticos e microreservas onde se pode observar a biodiversidade dos espaços. Em breve, serão criados percursos de birdwatching e também vai inaugurar um projeto para observação do céu noturno, visto que o vale foi certificado o ano passado como destino turístico Starlight.

Mas antes de se partir à exploração do território, vale a pena conhecer o CENTRO INTERPRETATIVO DO VALE DO TUA, também na estação ferroviária. Dividido em três temas, refere o arqueólogo responsável Rodolfo Ferreira pelo centro – o Vale, a Linha do Tua e a Barragem – o espaço apresenta o território na sua plenitude. Primeiro, entra-se por um tunel de cortiça – uma das riquezas da região – onde se referem a diversidade natural e a ocupação humana milenar do território, visível em muitos vestígios como pinturas rupestres e monumentos megalíticos.

Depois, conta-se a história do grande empreendimento que foi a construção da linha de caminhos de ferro do Tua, na segunda metade do século XIX. Por fim, a outra grande construção que alterou o vale, a da barragem, é explicada ao pormenor. Tudo com vídeos, maquetes, fotografias, ilustrações e objetos de históricos.

As arribas do Douro Internacional

A melhor forma de apreciar a beleza do Douro Internacional é percorrer as suas águas. E para a experiência ser ainda mais prazerosa e informativa, há que apanhar o navio-aula da ESTAÇÃO BIOLÓGICA INTERNACIONAL em Miranda do Douro. Este percorre o troço fronteiriço das ARRIBAS DO DOURO e durante a viagem há várias atividades para se interpretar a fauna, a flora e a geologia do espaço. À entrada são disponibilizados binóculos para se observar as aves de rapina que povoam as arribas, como o grifo ou a águia de bonelli. O percurso finaliza com degustação de um vinho do porto na cobertura panorâmica do navio.

Casa do Vinho de Valpaços
Nas salas deste centro há painéis digitais onde se pode descobrir as castas do vinho da região e aprofundar o conhecimento de outros produtos. É aqui que também estão disponíveis todas as informações sobre a Ecovia do Rabaçal. Tem também uma loja de produtos regionais.

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