Bosques, trilhos, parques e passadiços para desconfinar à beira-rio

Aveiro tem passadiços para caminhar sobre a água da famosa ria. (Fotografia de Maria João Gala/GI).
Dos passadiços de Aveiro à Ecovia do Rabaçal, passando pelo Parque de Escultura Contemporânea Almourol, em Vila Nova da Barquinha, de norte a sul do país não faltam bosques, parques, trilhos e passadiços para passear junto aos rios, e em segurança.

Passadiços de Gondomar | Gondomar

Dois percursos, dois rios

É todo ele um miradouro, o percurso com mais de três quilómetros que se faz no Passadiço de Gramido, também conhecido por Polis, entre a ribeira de Abade, em Gondomar, e o Palácio do Freixo, no Porto, sempre com o Douro e outra margem no olhar.

Pelo caminho, complementado com uma ciclovia, não faltam zonas de descanso relvadas, circuitos de manutenção física, parques de estacionamento e várias esplanadas e restaurantes. Um deles, a Casa Lindo, onde termina o percurso, dedica-se à cozinha tradicional portuguesa, e teve como clientes o cineasta Manoel de Oliveira e o mestre Júlio Resende.

Já o passadiço do Rio Tinto, acompanha o rio que lhe dá nome, num trajeto de sete quilómetros, com árvores, campos e hortas, desde o Parque Oriental do Porto até ao Parque Urbano de Rio Tinto. No espaço verde com 36.500 metros quadrados que dá por terminado o percurso, encontra-se um ginásio ao ar livre, dois skate parks e ainda equipamentos caninos, como um bebedouro e WC. ALS

 

Estação Ferroviária de Rio Tinto
Fica perto do percurso, e num dos seus painéis de azulejos, da Fábrica Viúva Lamego, exibe-se a lenda que terá dado nome ao rio Tinto. Diz-se que após uma batalha opondo cristãos e muçulmanos, o rio terá ficado tingido de sangue, ou seja, tinto.

Bicicletas: SIM | Animais: SIM


Parque das Ribeiras do Rio Uíma | Santa Maria da Feira

Um bosque de tranquilidade

A partir do Porto, em menos de meia hora alcança-se este pedaço de tranquilidade, junto ao Rio Uíma, um afluente da margem esquerda do Douro. Localizado nas freguesias de Fiães e Lobão, em Santa Maria da Feira, o parque é sobretudo procurado por famílias e adeptos de corrida. O Parque das Ribeiras do Rio Uíma, instalado numa zona pantanosa, conhece-se percorrendo o passadiço de madeira com cerca de dois quilómetros, que leva os visitantes a apreciar a flora e a fauna que ali prospera, devidamente assinaladas em painéis informativos.

Sem dificuldade, encontram-se exemplares de salgueiros, sabugueiros e carvalhos, bem como fetos e taboas. Também podem ser avistadas lontras, salamandras de pinta amarelas, rãs, o rouxinol bravo e o boga-do-norte, um pequeno peixe . A pensar nos fãs de birdwatching foi instalada uma torre sobre um campo alagado. Do parque fazem parte dois passadiços separados pela estrada, pelo que é possível iniciar o passeio em três pontos: a Norte, pelo passadiço com 400 metros de extensão; a Sul, pelo passadiço com 1200 metros; ou no Extremo Sul, junto à Rua do Rio Uíma. ALS

Web: rio-uima.pt
GPS: 40.9952,-8.5113

 

“Preta”
Num dos painéis observam-se os quatro nichos ecológicos do parque: o Salgueiral, o Tabual, os Charcos Temporários e a Galeria Ripícola, e uma outra área, a Preta. O nome é uma referência à Ribeira da Preta, profunda e utilizada pelos miúdos que sabiam nadar, em oposição à superficial Ribeira da Branca, junto ao açude, onde se aprendia a nadar.

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Percursos Marginais do Minho | Melgaço

Rio, pesqueiras e água termal

Este é um dos trilhos mais completos para conhecer o património e a natureza de Melgaço. Começa na Alameda Inês Negra e segue encosta abaixo até à margem do rio Minho, terminando no Parque das Termas do Peso. Na paisagem de fundo entram as águas bravias do Minho, a Galiza e as famosas pesqueiras, muros rochosos utilizados há séculos para a pesca da lampreia. Terminados os passadiços, segue–se um caminho em terra batida que passa pelo Observatório de Avifauna de Monte Prado, o centro hípico, zonas agrícolas e vinhas de alvarinho. Depois de quase seis quilómetros chega-se finalmente às termas, que valem a pena visitar. AC

Web: cm-melgaco.pt
Alameda Inês Negra, Melgaço

(Fotografia de Rui Manuel Fonseca/GI)

 

Lenda de Inês Negra
Diz a lenda que Melgaço escapou ao domínio castelhano graças a uma moça do povo chamada Inês Negra. Uma habitante da vila que defendia os castelhanos terá proposto um combate entre ela e Inês, para resolver a disputa, do qual saiu vitorioso o domínio português.

Bicicletas: SIM | Animais: SIM


Passadiços da Ria de Aveiro | Aveiro

Caminhar sobre a água

Aria de Aveiro mostra os seus encantos ao sabor da maré e da luz que a cobre ao longo do dia, tanto maiores quanto mais nos afastamos dos canais citadinos. Este lado selvagem da ria pode ser descoberto a pé ou de bicicleta, e com a companhia dos amigos de quatro patas, sobre passadiços de madeira e trilhos de terra batida entre pinhais e eucaliptais. Oficialmente, o percurso tem início no antigo cais de São Roque, bem perto do centro da cidade.

Mas para um passeio menos urbano, o ideal é começar no cais da Ribeira de Esgueira, de fácil acesso e onde existe parque de estacionamento, e seguir até ao Rio Novo do Príncipe (o troço final do rio Vouga), em Vilarinho, num total de cinco quilómetros. É um passeio entre lagoas, sapais e manchas de bosque, com barcos naufragados, marinhas submersas e pequenas ilhotas com casas antigas na paisagem, envolvido no rico ecossistema da ria. AC

Início/fim:
Cais da Ribeira de Esgueira
Rua de Santa Luzia, 55, Aveiro

 

Observação de aves
No início dos passadiços está montado um observatório para apreciar as aves que esvoaçam sobre a àgua. Andorinhas do mar, pernas-longas, garças, flamingos e até a águia-sapeira são algumas das espécies que se encontram na zona.

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Parque de Escultura Contemporânea Almourol | Vila Nova da Barquinha

Uma coleção de esculturas para admirar à beira-rio

Onde era um pântano, abriu em 2012 o Parque de Escultura Contemporânea Almourol, com sete hectares e 700 árvores . O grande atrativo são as suas 11 esculturas de grande escala, inspiradas na vila, no rio Tejo e no castelo de Almourol, encomendadas a artistas portugueses com obra firmada desde a década de 1960. Joana Vasconcelos, Alberto Carneiro e Fernanda Fragateiro foram alguns dos nomes que participaram. Outros atributos, como o arranjo paisagístico e facto de a água da rega ser aproveitada do rio Tejo, valeram ao parque um prémio de arquitetura paisagista atribuído pela Sociedade Portuguesa de Arquitetos. Houve quem tenha comparado o espaço ao jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. AR

Praça da República, Vila Nova da Barquinha
Tel.: 249711550. Entrada gratuita.

(Fotografia: DR)

 

Percurso até ao castelo
O parque tem um percurso de sete quilómetros até ao castelo de Almourol e que pode ser usado para praticar BTT, corrida e cicloturismo.

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Ecovia do Rabaçal | Valpaços

Passear pela natureza e pelo património

Ciclistas, caminhantes, observadores de aves, amantes do mundo rural, adeptos de atividades radicais ou apenas quem gosta de passear na natureza, todos encontram nos percursos da Ecovia do Rabaçal espaços e pontos de interesse. Esta grande rota, que começou a ser pensada em 2016 por Jorge Pires, vereador da Câmara Municipal de Valpaços, e que reuniu uma equipa de arqueólogos, biólogos, engenheiros florestais, geólogos e antropólogos, tem 49 quilómetros e três percursos, passando todos pela praia fluvial do Rabaçal.

Quem começar aqui e for até Lilela (percurso 2), passa pela ponte romana do Arquinho, do século I d.C, e pela abandonada aldeia do Cachão. Sempre nas margens do rio Rabaçal, chega-se à foz do rio Torto, um afluente deste. Aqui há outra praia fluvial e um pouco mais à frente um observatório de aves.

Pelo percurso 3, que se deve começar em Tinhela, um pouco afastado do rio, passa-se por outra aldeia abandonada, Calvo, que vale a pena visitar pelo seu património ligado à agricultura e à pastorícia, como moinhos e lagares escavados na rocha que remontam à época romana. O percurso 1, mais acidentado do que os outros, começa em Sonim e passa por várias áreas de lazer. LM

Portugal NTN
Tel.: 919310675
Web: facebook.com/PortugalNTN

 

Via Ferrata
Subir monte acima por uma das encostas do rio Rabaçal é a proposta desta Via Ferrata. Quem organiza a experiência é a Portugal NTN, empresa dedicada ao turismo de natureza e aventura. Disponibiliza todo o material e acompanha os aventureiros para que tudo corra em segurança. Será possível voltar a marcar subidas depois da Páscoa.

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