6 esplanadas confortáveis para os dias de outono em Lisboa

Esta é a esplanada do Praia no Parque, no Parque Eduardo VII, em Lisboa. (Fotografia: DR)
Os dias mais frios que começam a instalar-se não são motivos para nos fecharmos em casa. Nestas esplanadas acolhedoras em Lisboa e arredores, o conforto combina com ar livre. Fique a conhecê-las.

01. Doca de Santo

Faça frio ou calor, o restaurante Doca de Santo tem espaços para garantir conforto em todas as condições atmosféricas. Falamos, claro, das esplanadas cobertas e descobertas, e desta onde, além de mantas para aconchegar as pernas, os braços e as costas, há também focos de aquecimento prontos a serem ligados nos dias verdadeiramente mais frios – ou nas noites frescas que já se fazem sentir. Já lá vão quase 25 anos de experiência a lidar com os caprichos do tempo, ou não tivesse o Doca de Santo sido o primeiro restaurante a abrir nos antigos armazéns portuários do Porto de Lisboa. Em linha com a recente renovação da decoração, que deu ao interior e ao exterior uma atmosfera mais tropical – o jardim lembra um oásis à beira-Tejo -, também a carta mudou. A cozinha está sempre aberta durante o horário de funcionamento, pelo que se pode pedir qualquer coisa a qualquer hora do dia. É o caso dos clássicos caril de legumes tailandês e prego na frigideira 1995, que viram depois chegar propostas diferentes como o risoto de cogumelos, o ceviche de salmão e o tártaro de atum. Durante a semana, há pratos de almoço já definidos, para facilitar a escolha, a 10,95 euros.

Lisboa: o que há para comer e fazer na Doca de Santo Amaro

(Fotografia: DR)

O que fazer perto
Jogar padel no Clube de Padel de Lisboa, cujos campos se localizam numa pala metálica ao pé
da Ponte 25 de Abril. Dois embaixadores estão sempre prontos para jogar com quem não tiver
parceiro.

Lanche ideal
Choco frito: 10,50 euros
Imperial: 1,80 euros

 

02. Praia no Parque

Da esplanada que funcionava no lago do roseiral, nos anos 1950, as cadeiras Gonçalo são icónicas, por isso o restaurante fez por ter umas iguais, mas em preto, para que não destoassem da decoração. A esplanada abriu em março, protegida do vento dominante por uma das empenas do edifício, e é um recanto bonito onde apetece estar, seja sentado nos grandes sofás corridos ou nas tais confortáveis cadeiras. Quando o frio chegar, hão de entrar em cena cinco aquecedores e mantas para conforto dos clientes. Duas grandes mesas redondas, ao centro, servem para sentar grupos, e o bar exterior dá conta do serviço em permanência. A verdade é que há bons motivos para ficar por ali umas horas: uma carta reestruturada cheia de novidades, com pratos mais leves (alguns pensados para partilhar). É o caso do satay de frango com molho de amendoim (o equivalente a duas pequenas espetadas) acompanhado de uma salada com papaia verde desfiada; e dos baos de bochecha de porco, neste caso uma influência tailandesa. A ampla carta de vinhos e de todo o tipo de bebidas dá a cobertura necessária à refeição, cujo serviço é atencioso e eficaz.

(Fotografia: DR)

O que fazer perto
Passear nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, onde não faltam lagos, um roseiral e
zonas de descanso à sombra. O museu tem exposições que também valem a visita.

Lanche ideal
Satay de frango: 14 euros
Vinho a copo: 6 euros

 

03. Noobai

“Nós vamos”, é isto que significa o crioulo “Nu bai”, adaptado para o nome Noobai para “tornar-se mais cosmopolita”, explicam os responsáveis por este que foi um dos primeiros terraço com vista a afirmar-se em Lisboa. Por estar encimado numa das sete colinas de cidade – vizinho que é do Miradouro de Santa Catarina (ou do Adamastor) – o Noobai oferece vista para os telhados laranjas de Lisboa, para os edifícios mais modernos que se estendem frente ao rio e conduz o olhar até ao Tejo, a Ponte 25 de Abril e o Cristo Rei, em Almada. Enquanto as vista aquece o coração, nas tardes e noites mais frias há mantas para aquecer o corpo, assim como aquecedores altos entre as mesas. Para comer, a carta é variada: tem brunches, saladas, sanduíches, pratos quentes, sopas, sugestões diárias do chef e sobremesas. Vinhos, cervejas correntes e artesanais, gins e sumos figuram entre as opções de bebidas.

(Fotografia de Nuno Pinto Fernandes/GI)

O que fazer perto
Visitar a Igreja de Santa Catarina, um exemplar de arquitetura barroca construído na segunda
metade do século XVII, ao lado do Convento dos Paulistas, na Calçada do Combro.

Lanche ideal
Sanduíche Nan de salmão fumado: 9 euros
Limonada: 2,80 euros

 

04. À Margem

Por momentos, parece que o À Margem está sempre a céu aberto, tal não é a facilidade com que se olha a rua, de ambos os lados, quer se esteja dentro ou fora do edifício. O toldo transparente, de 15 metros, a isso ajuda. A arquitetura, assinada João Pedro Falcão de Campos e José Ricardo Vaz e inspirada no cavername de um barco, vale também uma menção pela forma como assenta na paisagem. A esplanada em si, mobilada com as emblemáticas cadeiras das esplanadas dos anos 1950, é também toda branca e encontra-se protegida por uma vela lateral, do lado do vento dominante, que faz com que não haja corrente de ar. As mantas e aquecedores estão disponíveis para aquecer o ambiente. “Vamos ajustando tudo minuto a minuto” para conforto dos clientes, explica Pedro Vaz, um dos sócios do à Margem, em conjunto com Tiago Gamboa. E as boas notícias não se ficam por aqui: a carta ultimamente renovada deu entrada a novas opções veganas, e promete trazer também novas sanduíches e pão biológico como alternativa aos pratos quentes que, por vezes, passam despercebidos. Tudo bons pretextos para ir, e ficar, à margem do Tejo, a ver os veleiros passar ao sabor do vento e da maré.

(Fotografia de Orlando Almeida/GI)

O que fazer perto
Caminhar, andar de bicicleta ou de trotineta são boas opções para apreciar a vista do rio e da
zona de Belém. No local existe um farol construído em 1940 para a Exposição Mundo
Português.

Lanche ideal
Sanduíche: 6,50 euros
Limonada: 3,50 euros

 

05. DeliDelux Santa Apolónia

Já lá vão 14 anos desde que a DeliDelux abriu portas em Santa Apolónia como “a mercearia mais gourmet de Lisboa”, instalada num antigo armazém ribeirinho. Como mercearia fina, charcutaria e garrafeira, tem tudo um pouco, e é na parte de cafetaria que se toma contacto mais direto com o Tejo, um imenso azul radiante que a todos dá as boas-vindas. A esplanada, virada de frente para o rio, encontra-se protegida do vento por discretos painéis de vidro e quando as condições meteorológicas o exigem, o staff coloca aquecedores e mantas para que os clientes se possam agasalhar. A ideia, para quem quer ali fazer uma refeição, é saborear alguns dos produtos da loja sob a forma de saladas frescas, petiscos vários e sanduíches de inspiração mediterrânica. Destaque para a secção dedicada aos ovos, com oito diferentes confeções, e para os três novos brunches (Delight, Delux e Benedict) disponíveis todos os dias da semana, a partir das 10h, e especialmente pensados para confortar o estômago na época de outono/inverno.

(Fotografia de Filipe Amorim/GI)

O que fazer perto
Visitar o Museu Militar de Lisboa, que fica em frente à estação de comboios de Santa Apolónia.
Tem uma vasta colecção de armaria, equipamento de guerra e arte, única no nosso país.

Lanche ideal
Sanduíche Club: 9,50 euros
Cerveja: 2,90 euros

 

06. Sem Horas (Setúbal)

A procura é tanta que por vezes se torna difícil conseguir uma mesa para dois na esplanada do Sem Horas, um dos recentes restaurantes a instalar-se na Baixa setubalense. E isso tem uma razão de ser: além de o espaço interior ser pequeno, a esplanada é o local onde apetece estar, a contemplar a movida da cidade, faça sol ou chuva. Paulo Gouveia e Susana Jones, os donos, instalaram uma proteção lateral contra o vento e a chuva, puseram aquecedores entre as mesas e disponibilizam mantas para quem quer agasalhar-se. Aqui, das 09h30 às 23h, pode-se pedir qualquer coisa da carta para satisfazer o apetite. A carta tem bagels e sandes, tábuas de carne, peixe, vegetariano e pequeno-almoço e uma coleção de petiscos portugueses como pataniscas de polvo, choco frito e pica-pau de atum. Como a cozinha funciona no primeiro piso, os pratos chegam através de um mini-elevador ao balcão, que também funciona como bar, com cocktails do dia. Os vinhos são da Adega Mayor (Alentejo) e da Casa Ermelinda Freitas.

(Fotografia: DR)

O que fazer perto
Subir ao Miradouro de São Sebastião, a cinco minutos a pé. A vista sobre a cidade, a baía, o
rio Sado e Troia é um dos atrativos deste ponto alto.

Lanche ideal
Tábua de enchidos: 12 euros
Cerveja: 1,40 euros

 

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