Conhecer Sta. Maria da Feira à boleia do Imaginarius

O centro histórico da cidade recebe mais de 300 artistas de 17 países até 26 de maio. O Imaginarius arrancou ontem com performances para ver e circuitos para fazer a pé, e apresenta-se como uma boa desculpa para conhecer novos restaurantes, bares e hostels.

O Imaginarius – Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira já começou e as ruas do centro histórico ganham uma outra vida como se o coração palpitasse debaixo dos pés. As janelas da Rua Dr. Roberto Alves (Rua Direita) estão decoradas com colchas trabalhadas com ponto de cruz pelas mãos de crianças do 1.º ciclo. As ruas transfiguram-se até 26 de maio.

Manuel Plácido, de 87 anos, dono da Casa Plácido, uma loja que vende quase tudo – isqueiros, cremes, detergentes, balanças, relógios -, no centro histórico, habituou-se ao festival, ao intenso movimento, às ruas pejadas de artistas. «Não há dúvida que o Imaginarius tornou a terra conhecida. Sou do tempo em que isto era a terra de ninguém e hoje as pessoas já sabem onde fica Santa Maria da Feira», comenta o comerciante que é também pintor e fotógrafo autodidata.

Este ano, o Imaginarius atinge a maioridade. A 18.ª edição traz à cidade 37 companhias, 40 espetáculos, 195 intervenções artísticas de 17 países. Plácido fica contente com a agitação e nem os constrangimentos nas cargas e descargas à porta do seu estabelecimento comercial o incomodam. «Só tenho de regozijar-me com tudo o que contribua para o desenvolvimento intelectual das pessoas e para a projeção da minha terra».

As ruas estão em ebulição. O centro histórico feirense, que se tornou um espaço de diversão noturna com dezenas de bares e restaurantes, é um palco gigante, a céu aberto e gratuito. E no ano em que se celebra o Ano Europeu do Património Cultural, o Imaginarius tem palcos intimistas, em harmonia com o património edificado. «Pela minha parte, encantado com o Imaginarius», diz o senhor Plácido. Assim seja.

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