Hugo Palma: «O que os turistas levam é cultura e tradições»

Engenheiro aeronáutico com 34 anos, Hugo Palma impulsionou há cerca de uma década a Borealis, uma empresa de turismo de natureza única no país ao combinar aventura, tradições e afetos. Natural de Rebordões Santa Maria, freguesia limiana, Hugo destaca o interesse turístico por experiências autênticas.

Como surgiu a Borealis?
A Borealis surgiu há cinco anos, depois de já termos formado a Aurora Boreal. O objectivo ao passar da Aurora Boreal para a Borealis foi estruturar a oferta para o mercado internacional no Alto Minho. Mudamos o nome para ser mais fácil de pronunciar.

Que serviços presta a Borealis?
Temos uma área de negócio de eventos abertos ao público dedicada a viagens de aventura na natureza misturadas com experiências culturais. Somos especialistas em quase todas as montanhas da Península Ibérica e ainda em Marrocos. Esta é a área que nos dá mais visibilidade. A segunda área de negócio é destinada a grupos internacionais e a terceira é destinada a grupos empresariais. Para estes dois públicos, essencialmente estrangeiros, o Alto Minho é o destino privilegiado.

Se eu fosse, por exemplo, uma turista japonesa, o que me levariam a fazer?
Trabalhamos sempre em função de dois eixos: a natureza, com sítios normalmente inexplorados, e as tradições autênticas. O último grupo de japoneses que tivemos aprendeu a cozinhar broa tradicional, desde a moagem do milho até a cozedura.

É esse o futuro do turismo: experiências autênticas?
Acreditamos que sim, porque é um turismo altamente diferenciado, personalizado e focado na aprendizagem. O destino geográfico é só um pretexto porque o que os turistas realmente levam é a cultura, tradições e as pessoas com quem se relacionaram.

O Alto Minho pode competir com os grandes destinos internacionais?
O que mais nos agrada é pôr esta região a competir com destinos do mundo inteiro. O Alto Minho ainda não é notável a nível internacional e isso dificulta a venda de um programa em Ponte de Lima quando há programas à venda no Peru ou nos Alpes. Contudo, já tivemos clientes americanos que quiseram repetir o programa que oferecemos porque querem reviver a experiência humana que tiveram, reencontrando o agricultor que lhes deu a provar vinho ou os nossos guias com quem criaram laços afectivos.

Planos para o futuro
Chama-se “12 meses, 12 trilhos, 12 árvores” o programa ambiental que a Borealis está a promover. Está ainda a impulsionar a primeira reserva internacional de observação de estrelas, na Peneda-Gerês.




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