Quiz #16: «Existem muitos vinhos que não me saem da cabeça»

Rui Falcão, crítico e consultor de vinhos
Apaixonado por fotografia, Rui Falcão deixou a engenharia informática em meados dos anos 1990 para se dedicar a tempo inteiro a um outro amor: os vinhos. Desde então, enquanto crítico, autor e consultor, tem percorrido o país e o mundo para partilhar os seus conhecimentos nesta área — que são muitos. Nos últimos tempos, a par dos cursos de vinhos, anda entusiasmado com a organização dos Wine Summits, em parceria com o jornalista Paulo Salvador.

Uma cozinha para todos os dias?
De preferência aquilo que se convencionou chamar de «comfort food», sobretudo cozinha tradicional portuguesa. Com muitos vegetais e muito peixe.

Na hora de comer fora, o que pesa mais: o fator novidade, a comida, o nome do chef ou o boca a boca?
Seguramente a comida embora o nome do chef não seja displicente de todo.

Uma dica infalível para não errar na escolha do vinho?
Errar faz parte da vida e os erros de casting que todos cometemos ajudam a fundamentar seleções futuras. Infelizmente não existem dicas infalíveis: mais que apostar sempre nos mesmos vinhos, regiões ou estilos há que sair da zona de conforto experimentando vinhos diferentes. Umas vezes funciona, outras vezes não…

Um vinho que não lhe sai da cabeça?
Existem, felizmente, muitos vinhos que não me saem da cabeça, muitos deles nacionais. Entre os mais excitantes e impossíveis de esquecer encontram-se alguns vinhos do Porto e da Madeira muito velhos, muitos com mais de um século de vida.

Qual o maior trunfo dos vinhos portugueses?
A profunda originalidade que advém do aproveitamento de castas portuguesas que são únicas e irrepetíveis, a preferência pela utilização do lote, bem como as técnicas invulgares que quase nenhum outro país utiliza como a pisa a pé ou a fermentação em talhas de barro.

O que nunca pode faltar na sua despensa/frigorífico/adega?
Vinho, ovos, tomate, azeitonas e malaguetas.

Qual a região, ou as regiões portuguesas, que ainda nos vão dar muitas alegrias?
Penso que todas nos irão dar alegrias, sobretudo as menos famosas e/ou mediáticas. Vinho Verde e Bairrada são duas regiões com um potencial imenso que ainda não foi devidamente explorado. A Beira Interior é outra das regiões que tem tudo para se afirmar.

O paladar, educa-se?
Claro que sim. Tal como se educam todos os restantes sentidos. No início preferimos os sabores e aromas mais óbvios, mais marcantes e fáceis de reconhecer. O tempo encarrega-se de acrescentar o gosto pela subtileza.

Um vinho que ainda está na sua bucket list?
Muitos dos vinhos suíços e da Europa de Leste.

Um prato com sabor a infância?
Arroz branco com atum e molho bechamel. Salada Russa. Dois pratos muito simples. mas que me recordam a infância.

 

Para saber o que anda a fazer o Rui Falcão, pode consultar o seu site.

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