Santa Luzia: descansar com arte na cidade-berço

O Santa Luzia ArtHotel, um dos mais recentes hotéis de Guimarães, nasceu numa casa senhorial oitocentista. Além de ter uma forte ligação à arte pretende ser um ponto de encontro cultural entre vimaranenses.

Na Rua Francisco Agra, a cinco minutos do centro histórico de Guimarães, nasceu um hotel ligado à arte numa casa senhorial oitocentista. Chama-se Santa Luzia Arthotel e é um projeto da família vimaranense Fernandes.

A vontade de transformar a casa em hotel começou a desenvolver-se em 2012, quando a cidade «ganhou o título de Capital Europeia da Cultura e deu um salto muito grande», conta Nuno Freitas, administrador e neto do fundador da casa. Três anos depois o edifício foi recuperado, e ganhou uma nova ala.

O conceito foi «construir um hotel em que a ideia de família continuasse a perdurar», refere, já que a casa foi habitação de vários membros da mesma, tendo Nuno passado lá algumas temporadas, principalmente nas férias. De forma a manter-se o espírito de família da habitação, a fachada foi deixada intacta e houve uma aposta no uso da madeira nos interiores, que lhes confere calor e conforto.

O conceito foi «construir um hotel em que a ideia de família continuasse a perdurar».

No entanto, há um elemento que destoa e dá ao edifício um ar moderno: o ripado que surge dentro, em madeira, e, no exterior, em metal. É uma escolha invulgar, mas tem uma explicação. «As ripas existem desde sempre nos espigueiros do Minho», conta Nuno, e foram a maneira encontrada pelo gabinete Cerejeira Fontes para dar privacidade e proteger do sol os 99 quartos, distribuídos por dois pisos. Todos eles são pautados por uma decoração simples, em tons neutros, e 23 dos quais têm uma área maior e varandim ou pátio – são os prestige. Há também quatro suites duplex, com mezanino sobre a sala-de-estar.

O novo corpo de ligação em forma de «U», que está no espaço onde antes existia horta, jardim e tanque, permitiu instalar um espelho de água, com um pequeno palco no meio. Em frente, a bancada em anfiteatro torna este espaço ideal para concertos, performances e teatro. Mas a relação do hotel com a arte não se fica por aqui. A antiga garagem, que servia antes para guardar o que a horta dava, acolhe agora uma pequena biblioteca, e uma galeria para eventos culturais.

A estes espaços junta-se ainda o Spa, que conta com jacuzzi, banho turco, sauna, duche vichy, ginásio, uma piscina interior e salas de massagens e tratamentos. Uma segunda piscina, com 46 metros de comprimento, surge no topo do edifício, que oferece uma vista belíssima sobre a cidade. Para o verão estão previstas sunset parties, abertas também a não-hóspedes. Até porque como Nuno diz, orgulhoso, a casa «passou de uma grande família para uma grande comunidade, a vimaranense».

 

O restaurante

No piso térreo do hotel, fica o restaurante com o mesmo nome do hotel, comandado pelo chef Nuno Merêncio, que confeciona pratos com base nos produtos de época. Ao almoço, há um menu executivo (12,50 euros), e ao domingo ao almoço é servido o brunch (19 euros).

 




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