Um Paraíso Escondido por descobrir no sudoeste alentejano

O monte comprado em 2002 por Berny e Glenn faz lembrar África. Escondido no sudoeste alentejano, este turismo rural oferece uma paisagem soberba, noites estreladas e boa comida.

Pode parecer estranho dizer que o Paraíso Escondido faz lembrar África, mas faz. “A paisagem, as noites estreladas, os verões longos e quentes e uma luz maravilhosa durante todo o ano”, foram estas algumas das razões que levaram Berny e Glenn, a apaixonar-se por este pedaço de terra em Casa Nova da Cruz, a dois passos de São Teotónio.

Ela nasceu em Moçambique. Ele na Austrália. Conheceram-se na África do Sul, onde Berny vivia, e trabalharam em vários pontos do mundo, de Londres a Lisboa, da Singapura à Rússia. Mas foi no Alentejo que decidiram assentar arraiais. Em 2002 compraram o monte e construíram a casa para onde fugiam sempre que podiam. Às vezes convidavam amigos. Amigos que “não arredavam pé, tal era a felicidade. Foi isso que nos levou a transformar a casa em turismo rural”, confessa Berny.

Em 2002 compraram o monte e construíram a casa para onde fugiam sempre que podiam

Alguns passaram entretanto, a maioria deles a tratar “da papelada”, sendo que as portas abriram definitivamente em Novembro de 2014. Primeiro com Berny a gerir, agora também com Glenn a tempo inteiro. Com eles está a filha. Se há turismos rurais em que a geografia dos proprietários é importante para contextualizar os hóspedes este é um deles. A casa é a extensão das suas personalidades. Alguns dos móveis vêm de África ou da Ásia, a oferta de chás é extensa e há um cuidado extremo com os produtos utilizados em todas as refeições.

Sem fundamentalismos, seja no prato, seja no trato. “Num turismo rural é muito importante ler aquilo que os clientes querem. Saber ouvir. Se as pessoas quiserem conversar, nós conversamos, se quiserem espaço nós damos espaço”, diz Berny. Glenn, que ainda está a aprender português, concorda.

Os hóspedes não se cansam de elogiar a qualidade da comida

Estão sempre por ali. Seja na horta, seja a limpar a piscina, seja a preparar uns ovos mexidos vindos da galinha da vizinha ou um peixe fresco para o jantar – comprado no mercado de Aljezur. Os hóspedes não se cansam de elogiar a qualidade da comida. E com razão. A cabine de massagens, bem no topo da propriedade é outra das mais valias. Tudo em madeira, muitos simples, com inspiração… asiática.

Este texto foi publicado na revista Evasões de 16 de Setembro de 2016.

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