Couto Rural: Uma casa de espírito campestre no Grande Porto

Numa vila com espírito de aldeia, e com a cidade à mão de semear, nasceu uma casa de espírito campestre onde se encontra tranquilidade, ambiente familiar e comida de conforto. Uma evasão pronta a usar, para urbanitas do Grande Porto

O Porto está a um quarto de hora, Gaia a 10 minutos, mas sossego é a particularidade que salta de imediato à vista. Logo de seguida, mal a porta se abre, a segunda primeira impressão: a simpatia genuína de Emílio e Lurdes Couto, e o acolhimento de sentimento familiar. Cruzada a entrada, um inesperado quinteiro que faz justiça ao nome da casa – a palavra «rural» não está lá só para soar bonito.

Esta era a morada do pai de Emílio, e antes disso foi quinta agrícola e casa das mestras, o sítio onde muita gente da terra aprendeu a ler. O processo de recuperação, sem querer inventar, muito menos desvirtuar, implicou algumas adaptações, aquelas que as paredes de granito permitiram, para criar conforto onde antes eram palheiros, arrumos, cortes de gado. A essência, essa manteve-se. A casa principal, a das mestras, tem três quartos e é das mais pedidas, em particular quando o Couto Rural recebe grupos. Mas a graça maior está nas dependências em torno do quinteiro, um apartamento T1 e dois lofts.

O Quarto da Eira, antigo palheiro, tem dois pisos, o chão firme e uma estrutura de madeira onde está a zona de dormir. No de baixo, fica a sala e a kitchenette. Mais do que querer refinar, sente-se que o restauro e a decoração foram feitos com carinho – pela casa, pelo seu passado, pelas suas paredes de granito, rebocadas a espaços, para manter a coerência do sítio tal como Emílio e Lurdes o encontraram. Tanto que nem sequer se fez piscina, nem tal seria necessário, quando havia já um tanque de rega que bastou adaptar às novas funções. E há na eira um grande espigueiro, que pode um dia ver a ser quarto, mas para já é uma «casa da árvore» para as brincadeiras dos hóspedes mais novos enquanto durar o tempo quente.

Na adega, feita sala de pequenos-almoços, funciona também uma petiscaria, que abre as portas às sextas à noite (por marcação) para servir francesinhas e petiscos regionais. Coisas como rojões, moelas, papas de sarrabulho. Coisas de aconchego, a condizer com o conforto e o espírito familiar da casa. Que, mais do que entrar no campeonato da sofisticação mundana, procura fazer parte do sítio onde está, uma aldeia (ainda que Grijó seja vila) onde o vizinho lhes traz couves e ainda se vive da agricultura, onde a padaria faz pão do bom (e croissants de antologia) e as pessoas se conhecem pelo nome. É isso que procuram os hóspedes, muitos deles vindos de Porto e Gaia. Um couto rural, nem mais.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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