Savoy Palace: luxo e modernidade numa homenagem à Madeira

Visto assim, o Savoy Palace lembra um navio de cruzeiros. (Fotografia: DR)
Do antigo hotel, onde entre outras figuras internacionais Margaret Thatcher e o marido chegaram a celebrar 50 anos de casamento, restam as memórias, as cores e algumas mobílias. O Savoy Palace ergueu-se com luxo, conforto e modernidade num edifício que pode bem ser um destino per se.

Nini Andrade da Silva fecha os olhos e começa a tatear o ar como se estivesse a caminhar às escuras nos salões do antigo Savoy Classic. “Ainda me lembro de tudo”, diz a designer madeirense num tom apaixonado. Ícone da cidade desde sempre, quis o destino que o novo Savoy Palace – aberto na Avenida do Infante, centro do Funchal, em julho – fosse por ela decorado. Por essa razão, os tons vermelhos e dourados mantiveram-se, assim como algumas peças de mobiliário como cadeiras, espelhos e sofás.

É longa e afetuosa a ligação do Funchal ao nome Savoy, cujo primeiro hotel foi construído em 1912, sendo alvo de posteriores remodelações. Frequentado por famílias inglesas ricas – convém lembrar que o turismo na Madeira já existe há mais de dois séculos – e ícone da zona romântica da cidade, o Savoy foi demolido em 2009, para nascer aquele que é agora um dos maiores hotéis da ilha. Um colosso de 17 andares com formato ondulante, frente ao mar.

Uma onda de polémica rebentou sobre o projeto, por causa da volumetria do edifício, mas nada impediu o grupo AFA (com negócios na construção e hotelaria) de erguer esta pequena cidade com 352 quartos, 14 pool suites, duas suítes presidenciais com piscina, um spa com 3100 metros quadrados (“o maior do país”), seis piscinas, cinco restaurantes e três bares. Uma “homenagem à ilha” em formato de hotel de cinco estrelas, com a assinatura Savoy Signature. O grupo tem outros cinco hotéis na ilha (um deles, em construção).

Da imponente escadaria do átrio aos lavatórios das casas de banho das suítes, tudo tem o traço indelével da premiada designer Nini Andrade da Silva neste que é assumidamente o seu “maior projeto” em Portugal. As áreas e os pés-direitos são enormes e surgem decoradas com candeeiros escultóricos dignos de museu (como o da entrada, com cinco quilómetros de correntes, e os que decoram os restaurantes buffet), mas o hotel consegue ser, ao mesmo tempo, aconchegante e funcional.

Para atenuar esteticamente a presença do betão foram plantadas trepadeiras que, com o tempo, irão cobrir de verde vários andares. No piso térreo e nos terraços ergue-se um oásis de natureza: são mais de 23 mil metros quadrados de área ajardinada com 250 espécies de plantas de África, Europa, Macaronésia, América, Ásia e Oceania (seis espécies são endémicas). Vista de perto, a comprida piscina exterior parece tirada dum resort asiático.

Mas a homenagem à beleza da ilha da Madeira traduz-se também no spa, cujos corredores foram inspirados nos furados, túneis escavados na rocha para facilitar os acessos na ilha. A floresta Laurissilva (de características subtropicais e considerada Património da Humanidade) e as levadas surgem, por sua vez, na decoração da sala de relaxamento do spa, onde se pode ouvir a natureza, e nos circuitos de duches sensoriais. No total há 11 salas de tratamento, um champagne & nails bar, salão de beleza, sala de haloterapia, hidromassagem, sauna, banho turco, fonte de gelo e uma piscina interior aquecida.

No Savoy Palace as piscinas estendem-se para o infinito, em terraços rodeados de oliveiras, palmeiras, camas e espreguiçadeiras. A apontar para o céu surge também o Galáxia Skyfood e Skybar (com elevador direto para os passantes na avenida), onde o chef Carlos Gonçalves, vindo do hotel Corinthia, assina uma carta de autor. A oferta de comida e bebida é tão variada (há inclusive um restaurante exclusivo para os hóspedes das suítes e um bar de entretenimento) que o difícil é escolher. No Alameda, porém, a comida é portuguesa, em formato de partilha, e traz um conforto bem-vindo num hotel tão internacional como o Savoy Palace.

 

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