Vingança: um restaurante com carta a três tempos

No Vingança, a aposta é na confeção a temperaturas controladas. A carta do restaurante com consultoria de Luís Américo tem propostas frias, mornas e quentes.

O Vingança, na rua da Picaria, é mais um restaurante de Marta Freitas, que abriu o vizinho Cruel há quase dois anos e mantém no novo projeto a consultoria de Luís Américo. O convite à partilha, com «propostas verticais, para as várias gerações» e «a ideia quase de casa» estão lá, mas no conceito que abriu em novembro os diferentes níveis de experiência «têm a ver com as temperaturas», descreve a proprietária.

«É a porta ao lado [do Cruel]. São dois espaços completamente diferentes mas há uma identidade comum: comer e esquecer. A vingança é um prato que se serve frio e que aqui servimos frio, morno ou quente», sintetiza Marta.

O chef Luís Américo explica que a carta está assim dividida – pratos frios, mornos e quentes e destaca a terrina de leitão com maçã verde e rúcula, com o leitão «trabalhado em frio e depois prensado e cortado», o sashimi de bacalhau, rebentos de coentros e gaspacho, o bacalhau escalfado com feijão preto e farofa de milho, entre outros. Sobre o ovo cremoso com puré de aipo, cogumelos salteados e molho de trufa diz ser «um prato muito guloso, um creme, o ovo nem está cozido, nem está líquido». Saliente-se ainda o queijo Provolone no forno com tomate e manjericão, a perna de leitão no forno com arroz de maçã e passas, cozinhado a vácuo e temperado à Bairrada ou ainda o novilho estufado com batata esmagada e cebola caramelizada.

«A vingança é um prato que se serve frio e que aqui servimos frio, morno ou quente», explica a proprietária

A mousse de chocolate com creme de laranja e «um toquezinho de café», o quente e frio de nata e caramelo salgado, o leite-creme queimado (na mesa) e a tarte fria de maçã e canela são alguns dos doces da carta.

«Uma das grandes preocupações que tivemos foi não ter fritos. E trabalhamos a temperaturas controladas. É uma tendência que tem vindo a afirmar-se na restauração», diz Luís Américo. Com uma decoração a lembrar «a Chicago dos anos 20», um ambiente a meia-luz, muito por causa do papel de parede e dos candelabros antigos, e uma mesa corrida na cave – a mesa do chef, onde a interação com a equipa que está na cozinha é maior –, o Vingança, que abriu na antiga morada da Dama Aflita e da Matéria-Prima, faz por ter um serviço simpático e descontraído. A carta de vinhos foi buscá-la ao Cruel: não é muito extensa, tem referências menos conhecidas e várias opções a copo. Espaço e menu a descobrir, sem ansiedades.

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