Há quem (ainda) não goste de ir almoçar ou jantar a um restaurante de hotel, se bem que o preconceito tenha diminuído consideravelmente nos últimos anos. A Brasserie Flo, restaurante integrado no Tivoli Lisboa, nunca foi uma mera sala de refeições, mas ganha agora uma nova vida, porventura mais vida, como Cervejaria Liberdade.
O ambiente é requintado mas descontraído, sobressaindo desde logo um grande balcão retangular com uma banca de gelo recheada de peixe e marisco. Peixe e marisco do dia, fresco, trabalhados pela chef Adelaide Fonseca e por João Pinto, sushiman que depois de mais uma década no Midori e experiências na Noruega e Japão, regressa Portugal. Do mesmo peixe-galo que Adelaide faz uns filetes com arroz de tomate malandrinho (no ponto, que é como quem diz al dente), João Pinto faz sashimi ou um ceviche. Sim, o sushi é um dos elementos improváveis (e das boas surpresas) da carta, mas não faz com que se desvie daquilo que deve ser uma cervejaria. Estão lá a sapateira, a santola, as gambas do Algarve, o camarão de Espinho, ostras da Ria de Aveiro, caranguejo real do Alasca, carabineiro, lagosta, lavagante ou percebes.
E carne é, claro. O obrigatório prego do lombo no pão depois de uma mariscada. Ou um pica-pau. Quem for apenas à procura de carne tem sempre pratos como as costeletas de borrego de leite grelhadas ou a posta à Mirandela fatiada, esta para duas pessoas. Ou ainda o bife tártaro Tivoli, preparado à frente do cliente e um dos clássicos da casa.
Escusado dizer que não é a cervejaria mais barata da cidade, mas não será esse o objetivo. Os referidos filetes de peixe-galo custam 28 euros, seis ostras 16 euros e o quilo de percebes fica a 95 euros. Também dá para ir comer apenas um prego por 9, 90 euros. A qualquer hora do dia.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.
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