A meia dúzia de passos da histórica fábrica Oliva, escondida pelas altas oliveiras que rodeiam o palacete, uma quinta mesmo à face da estrada foge ao cariz industrial de São João da Madeira e desvenda a cozinha do chef Luís Almeida. Lá dentro, há um restaurante. Chama-se Homenagem por se render à cozinha tradicional portuguesa, num espaço em que os traços clássicos do início do século passado, conjugados com os sabores da terra, assumem a forma de máquina do tempo.
Natural de Oliveira de Azeméis, Luís cozinha pratos tradicionais, mas dá-lhes uma nova roupagem. Não é por acaso na ementa se encontra brás de bacalhau, arroz caldoso de peixe ou naco à mirandesa. O chef gosta de «comida boa para comer» – frase que, parecendo não dizer nada, afinal diz tudo – e explica que ao fim de semana não pode fugir ao polvo e ao cabrito. «As pessoas procuram comer bem, por isso a comida tem de ser boa, com sabor.»
Em contraponto à mesa de tradição portuguesa, ainda há sushi, num restaurante em que os pormenores da decoração, que manteve a traça antiga, também marcam pontos. À entrada, uma sala que convida a petiscar antes de subir pelas escadas estreitas que remontam ao século XX. Do teto, caem os candeeiros majestosos que fazem lembrar outros tempos juntamente com os cadeirões, e no chão a alcatifa que traz o conforto de casa.
Por ali, há salas privadas para quem quer momentos mais intimistas e um espaço dirigido para grandes eventos. Há até uma zona de estar, com lareira, mas o tempo quente pede ar livre. Sendo que estar à mesa junto ao lago e aos jardins envolventes é uma bem-vinda possibilidade. Assim como tomar um copo – em forma de aperitivo ou de digestivo – na zona de bar, com sofás e pufes.
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