O RO – iniciais de «ramens e outros» – abriu em novembro e aposta no prato de origem chinesa que terá chegado ao Japão no início da I Guerra Mundial. Os okonomiyaki – espécie de panqueca – e os gelados soft de sabores exóticos são outros chamarizes.
Os chefs João Pupo Lameiras e Francisco Bonneville conhecem‑se dos tempos em que ambos trabalhavam na Casa de Pasto da Palmeira – o RO tem ainda um terceiro sócio, o empresário José Pedro Sottomayor – e em 2016 rumaram a Tóquio, para conhecer o que descrevem como sendo «uma cozinha de conforto». A viagem deu para perceberem que podiam fazer o que quisessem.
O novo espaço da Baixa do Porto não tem «a típica carta de ramens que se encontraria no Japão», tem os tais okonomiyaki misturados com os ramens, tem poucas entradas e tem mazemens (ramens sem caldo), explica João. O tradicional prato leva noodles e um caldo duplo, que junta uma base de frango e porco ao dashi, caldo feito à base de algas, atum seco e cogumelos shiitake.
Os primeiros ramens da carta levam o mesmo caldo, muda o tare (sabor): cachaço de porco, ovo, ceboleto, bimi (entre os brócolos e a couve chinesa) e nori; frango, ovo, ceboleto, nori e milho; cachaço de porco, porco picado, sésamo, chili, ovo, ceboleto e nori. Há ainda um ramen vegetariano e os tais ramens sem caldo, de carne e de gambas. Para beber, há ro hai, uma bebida típica de base alcoólica e sabor a fruta, e sangria de saquê.
O espaço, projetado por Marta Pupo e Pedro Cruz, parece exíguo visto da rua, mas tem vários recantos onde cabem 60 pessoas. Os ramens comem‑se rápido e o serviço faz por ser expedido – é uma boa sugestão também para o almoço, com menus a 12,5 e 13 euros –, mas no RO não se serve fast food. Garante João Pupo Lameiras que «há muito carinho, cuidado e trabalho na preparação da comida».
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