O cenário está longe de ser utópico. Pelo contrário, é bem real, com as janelas em arco do restaurante a deixar ver o areal da praia do Tamariz estender-se até ao Atlântico. Mas assim que o encantamento no exterior termina, é tempo de voltar os olhos para a sala do palacete, ocupada pelo Villa Tamariz Utopia e para a nova carta do chef Mário Cruz. Aos almoços, mantêm-se sugestões descontraídas no lounge, caso das paellas, que saíram da carta de jantar. Esta, embora mais simplificada, continua a pedir mais tempo à mesa. Além do a la carte, há três menus de – degustação para escolher – de três passos (25 euros), cinco (35 euros) ou sete (55 euros) – que permitem conhecer as novas escolhas do chef.
Uma delas chega à mesa sob a forma de amuse bouche com tomates cherry. Vêm de uma plantação, em Colares, Sintra, com 72 variedades, das quais algumas são colocadas no prato. Entre elas «a original, do México, de nome coyote»; a yellow pear, em forma de pêra e a blue pill, azulada.
«Há ainda uma variedade de um cherry preto, mas nem sempre temos», explica Mário, antes de chegar à mesa o primeiro passo do menu de degustação: filete de sardinha braseada com espuma de pepino e «mousse» de sardinha, composta por paté coberto por tinta de choco. O ovo cozido a baixa temperatura com molho holandês preparado com manteiga de farinheira é também merecedor de destaque, tal como o creme de agrião e espinafres, derramado sobre um bacalhau confitado, e as crocantes tiras de barriga de leitão com favinhas. Combinações reconfortantes e veranis que se sentem até à sobremesa, onde uma das novas escolhas vem em forma de sanduíche. Trata-se de uma pavlova, cujo merengue é preparado num molde de pão de forma. No interior não há queijo nem fiambre, mas sim mascarpone e frutos vermelhos a adoçar ainda mais esta estação.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.
