Abriu uma nova hamburgueria de rua dentro de portas

Uma carrinha de 1931 foi recuperada, pintada e colocada num restaurante que serve hambúrgueres com compotas, torresmos, maionese de leitão, chutney de manga e gengibre, entre outras coisas.

Primeiro nasceu o conceito, depois Ricardo Barbosa e Fábio Sá arregaçaram as mangas. A ideia era levar uma rua para dentro de um restaurante – e fez-se realidade sob a batuta do arquiteto Pedro Henriques. Compraram uma velha carrinha Citröen HY de 1931, recuperam-na com as próprias mãos. «Depois de muita lixadela, um senhor pintou-nos a carrinha», conta Ricardo Barbosa. De branco e azul. Tiveram de tirar as portas de vidro das traseiras para colocar o veículo neste restaurante com ares de rua. «É uma alameda, uma coisa urbana, muitas flores, cadeiras de esplanada.» Com graffiti, chão de cimento, casa de banho ao estilo das estações de serviço com palavras, desenhos e frases nas paredes e portas.

Carrinha dentro do restaurante, carrinha transformada em cozinha onde Filipe Vinagre trata dos hambúrgueres. São treze na carta, mais um diferente todas as semanas e um outro especial que a cada mês se inspira num país – julho é o mês do México. Hambúrgueres com nomes de rua (Rua Sésamo, Rua da Bairrada, Rua à Portuguesa, Route 66, e por aí fora), explicados camada a camada na carta, com ingredientes como fiambre de peru, molho barbecue, picles, coração de alface grelhada, compotas de laranja e malagueta, abacaxi grelhado, linguiça de porco preto, queijos. «A nossa matéria-prima é toda fresca», garante Ricardo. O cliente nota e agradece, porque os hambúrgueres são suculentos, saborosos, com agradáveis surpresas pelas combinações improváveis.

Carne comprada, mistura feita na carrinha, hambúrgueres moldados à mão. Hambúrgueres generosos, encaixados em pão artesanal, brioche ou de sementes de papoila, acompanhados por batatas fritas com casca. Fritas com ciência que o paladar agradece, saborosas e crocantes. Os vegetarianos têm hambúrguer em pão de sementes de papoila que é um cogumelo acompanhado com cebolada de pimento, rúcula, picles e molho de iogurte e hortelã. Nas sobremesas, há shots doces que podem ser mousses, baba de camelo, ou um pirolito em que a colher é um chupa para molhar num creme.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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