Restaurantes em Lisboa para marcar mesa para dois

Veja nesta fotogaleria as sugestões para o dia do namorados

10. Bastardo

Os janelões do primeiro andar têm vista para a Praça D. Pedro IV e para a Rua Augusta desde o século XIX, quando o hotel era conhecido por Internacional, ainda sem os tons de roxo. Ganhou novas cores com a profunda renovação que durou até 2009 e que lhe deu o nome de Internacional Design Hotel.

Os janelões antigos ainda lá estão, mas desde há três anos que pertencem ao moderno e irreverente Bastardo, decorado com peças de design e com os quadros de Inês Maldonado, com frases provocadoras.

A cozinha tem também espaço para experiências e brincadeiras. O espírito manteve-se com a entrada do jovem chef David Jesus, que afinou muitos dos pratos de partilha, como o entornado de queijo gratinado e compota de tomate ou o bife tártaro. E criou outros, como o bao, a denotar influência oriental.

No dia dos namorados continuam a estar presentes na carta, com a alternativa de cardápio de São Valentim para quem desejar. Das entradas ao sortido de sobremesas, há frases icónicas a dividir os pratos. Quem não se lembra de «Nobody puts baby in the corner» de Dirty Dancing?.

9. Las Ficheras

No Las Ficheras esvaziam-se tantas garrafas de tequila Olmeca por dia que a solução foi integrá-las na decoração. O restante (como as máscaras de luchador) veio do México, da viagem que Patrícia Camacho, o marido e o chef grego Akis fizeram pelo país.

Experimentaram comida de rua, restaurantes, percorreram várias cidades e voltaram mais tarde para procurar novas receitas. O resultado da experiência reflete-se no colorido restaurante que faz vibrar o Cais do Sodré com pratos de várias regiões do México, que pedem partilha à mesa.

E ainda uma generosa carta de cocktails, comandada pelas margaritas, adoçadas com agave. No dia 14 há espaço para outra bebida ter destaque. Chama-se Deseo (7 euros) e é um cocktail com morangos, tequila, chantilly e petazetas, criado para acompanhar os namorados neste dia, a par do menu especial, cujos pratos podem também ser pedidos individualmente.

Como seria de esperar, não faltam sabores afrodisíacos nos seis momentos que o compõem, até mesmo nas duas sobremesas. Os morangos vestem-se de chocolate negro e a maçã do pecado é assada, envolta em massa folhada, e assume a forma de uma rosa.

8. LESS by Miguel Castro e Silva

Morango, champanhe, malagueta, vinho, chocolate e rosa. Seis ingredientes que estarão presentes em toda a carta de São Valentim que Miguel Castro e Silva criou para o Less, o restaurante que abriu em 2015 a convite da Gin Lovers.

Num dos salões do palacete do século XIX transformado na concept store Embaixada, há sinergia de espaços, ideias e até de menus especiais, como é o caso. Por esse motivo é do bar da Gin Lovers que chegam os cocktails de gin pensados para os namorados, com nomes sugestivos.

Há o Dirty Dancing, com xarope de chocolate, e o 50 Sombras, um sour com xarope de malagueta e hortelã, que faz a ligação aos ravioli do chef Castro e Silva - de carne e camarão, com caldo de peixe, malagueta e hortelã… exatamente como a bebida.

A par desta refeição especial para partilhar, haverá a curadoria musical habitual de Cátia Simão, com uma playlist preparada para a ocasião.

Quem quiser fugir ao menu, tem sempre os pratos do dia a dia e as 50 referências de gin para namorar.

7. Midori

Dois-em-um é o que propõe o Penha Longa. Uma noite na serra de Sintra, no resort de luxo, antecedida por um jantar com sabores picantes num dos seus restaurantes.

Se a vontade for apenas a de uma refeição romântica, o Midori tem a solução: uma carta especial, que substitui a de inverno do chef Pedro Almeida, apenas neste dia. A cozinha asiática não sai, no entanto, de cena; pelo contrário. Alia-se à malagueta para o cortejo de pratos ao jantar, uma degustação na sala voltada para a serra, que começa com um lollipop de sashimi de salmão envolto em película de tangerina.

A malagueta está presente no momento seguinte, num nigiri de lula com manteiga de alho e batata crocante, mas também no nigiri de enguia, graças ao picante do wasabi.

A pasta japonesa não desaparece nem na sobremesa, onde não falta outro clássico dos símbolos afrodisíacos: o chocolate.

6. Pharmácia

Numa das primeiras reuniões para explorar o restaurante contíguo ao Museu da Farmácia, Susana Felicidade reparou nos móveis de antigos boticários. Estavam longe da vista do visitante, até 2011, quando a chef resolveu dar-lhes novo uso no Pharmácia, guardando nas vitrines caixas com nomes de fármacos e frascos de laboratório.

Não foram os únicos utensílios farmacêuticos utilizados no restaurante: frascos de xarope são garrafas de água, caixas de primeiros socorros, baldes de gelo e até na carta há divertidas provetas de ginjinha ou aguardente. Abrem a carta especial que Susana preparou para o São Valentim, inspirada no Menu da Chef diário (35 euros), com entrada, pratos de peixe, carne e sobremesa. Servidos em ardósias, travessas ou pratos grandes, porque a ideia é sempre partilhar.

Tal como na carta de todos os dias, também acessível no dos Namorados, em que todos os pratos são pensados para dividir, seja uma beringela grelhada com creme de requeijão e lentilhas ou um polvo à lagareiro com puré de batata-doce. Fica a vontade de saltitar de petisco em petisco e explorar a extensa carta de vinhos, sob o candelabro e luz romântica, noite fora. Sorte que o restaurante e respetiva esplanada só fecham às 01h30.

5. Sushi del Mar

Fugir do centro da capital no Dia dos Namorados só demora 30 minutos se o destino for o Sushi del Mar de André Oliveira. O sushiman brasileiro está em Portugal há 13 anos e domina a arte culinária japonesa há mais. Com dois sócios, André lançou-se este verão numa nova aventura, no piso superior do Mercado da Vila, em Cascais, onde vai buscar o peixe fresco diariamente.

Para a carta reuniu algumas das suas criações e combinações favoritas, que aprimora no Dia dos Namorados com um cardápio mais romântico para dois. A flûte de espumante e morangos abre o desfile de 40 peças de sushi, para além das saladas de pepino e wakame, e do fondant de chocolate para sobremesa.

Os pratos e copos de madeira substituem a loiça tradicional e ajudam a criar um ambiente aconchegante, tanto ao jantar, como ao almoço, que nesse dia terá outra novidade: entre as 12h00 e as 15h00, os clientes vão receber de uma empresa parceira ofertas de massagens.

4. Topo Chiado

Pode dizer-se que os cocktails são o forte da casa, mas é a vista que arrebata à primeira visita neste inquilino dos terraços do Carmo, pensados por Siza Vieira. O acesso faz-se pelo Largo do Carmo, contornando as ruínas, ou pelo Elevador de Santa Justa, que está sempre presente na paisagem.

Tal como a Sé, o castelo de São Jorge e a Praça dos Restauradores.

Por detrás fica a Praça do Martim Moniz, onde surgiu o primeiro Topo em 2015, a seis andares do chão, num velho centro comercial. Correu tão bem que os proprietários quiseram repetir a receita. Foi no calor do último verão que este segundo Topo apresentou as suas espaçosas esplanadas, em dois patamares diferentes.

Mas a visita continua a saber bem no inverno, na recém-inaugurada sala interna ou na esplanada superior, aquecida. Um refúgio para celebrar o São Valentim, com um welcome drink e uma carta que se mantém fiel a si mesma, na qual fazem sucesso pratinhos como a burrata com beringela, o picadinho de atum com manga e os espargos salteados com bacon. Se o frio se mantiver, um cocktail ajuda, com certeza.

3. Tutto Combinato

Dos oito anos que tem o Tutto Combinato, a tradição tem-se cumprido nos últimos cinco. Os moldes de coração regressam no dia de São Valentim para dar forma aos ravioli de tomate seco e mozzarela de búfala e à piza, os dois pratos do menu especial, preparados por Rolando Baptista.

A pergunta da praxe também é feita pelo proprietário: «Há algum ingrediente de que não gostem?». Quem é habitual da casa não estranha, pois já sabe que Rolando não tem lista escrita e escolhe os pratos pelos clientes, atendendo sempre aos seus gostos.

Há quem até já faça deste menu especial costume. «Tenho casais que me marcam presença de um ano para o outro», explica Rolando. Fala-se apenas em casais, porque o requisito é mesmo esse nesta data. O proprietário só aceita pares, nem grupos nem quem traga filhos. «Este dia é para ser vivido a dois», explica.

2. Volver de Carne y Alma

Catorze de fevereiro diz mais ao Volver do que o simples dia de São Valentim. Há cinco anos, nessa data, abria portas o restaurante do Lumiar, que ganha pontos por encerrar portas apenas às 00h30 (embora a cozinha feche duas horas antes). A inspiração argentina estava ainda pouco presente à data e foi aguçada com a consultoria de Chakall, que a revolucionou com outras especialidades do seu país.

Como os grelhados para partilhar, que serão o último momento do menu 5 Passos e Meio para Compartir - São Valentim, antes da passagem à sobremesa Tierra del Fuego, um sponge cake com sabores exóticos e mel.

Os ingredientes afrodisíacos também não são novidade por aqui, mas é à volta de produtos como o morango, as malaguetas e o chocolate que o atual chef João Oliveira desenhou esta carta de edição especial, a única disponível nesse dia.

Durante a refeição, surgirá um prato secreto preparado pelo chef, sendo este o meio passo a que o menu se refere.

1. Madame Petisca

Podíamos alongar-nos com a história de uma antiga perfumaria francesa que funcionou neste edifício ou com a poética de Camões, presente na estátua do Adamastor, no miradouro ao lado. Mas o Madame Petisca não precisa de mais argumentos do que o cenário.

Cacilhas, a ponte 25 de Abril e Alcântara estão bem visíveis, graças aos painéis de vidro que rodeiam todo o restaurante e a esplanada, no terceiro andar de um hotel de três estrelas.

Já os pratos são da autoria de Patrícia Rego, que chegou em 2015, um mês antes de a casa abrir. Reinventou os tradicionais petiscos e colocou-os numa primeira carta, que muda de seis em seis meses. Mal acaba uma, pensa na próxima, e foi assim que nasceram os atuais bifes de beringela gratinados e as moelinhas com caril.

Ou petiscos mais completos como os lombinhos com cascas de batata em ginja, da fábrica de licor de um amigo ribatejano. E se a madame é casamenteira – já foi palco de uma união –, neste dia abole os menus dedicados aos namorados e convida a uma viagem pela carta habitual, com paragem nas afamadas sangrias, incluindo uma improvável variedade com cerveja.