Na história deste restaurante lê-se que foi fundado em 1978 pelos irmãos Vasco Trindade e Jorge Lopes Ferreira, mas quem não souber desse facto e der de caras com as novas instalações, na Estrada Nacional 2 (no lado oposto ao Forno da Mimi), pode ficar com a impressão de que o Santa Luzia é novato nestas lides. Pelo contrário. Por muito que o espaço (especial destaque para a extensa garrafeira à vista) diga uma coisa, basta começarem a sair os pratos para percebemos que há aqui muito de sabedoria e de boa mão para os cozinhados regionais.
A cozinha está há anos entregue, e bem, às mulheres dos proprietários, que deliciam os paladares com várias especialidades. A nossa sugestão é que comece pelas pataniscas — parecem nuvens de tão fofas. De seguida, não há o que enganar com os filetes de polvo, apresentados no ponto certo, que se fazem acompanhar por deliciosas migas de couve, broa, feijão-frade e arroz. Do peixe passa-se à carne, ou não fosse um crime deixar de fora a vitela assada servida com batata e esparregado ou migas ou feijão verde. A lista é extensa, mas, já capítulo final, tem de sobrar apetite para o requeijão, que vem à mesa numa folha com doce de abóbora, e para o leite-crème caseiro. Um banquete.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.
Veja também:
Crítica de Fernando Melo: Mesa de Lemos, Viseu
Viseu: Petiscos do mar para comer numa Tasca Portuguesa
Pratos de inspiração regional para provar em Viseu