Porto: cozinha experimental à vista de todos

Neste restaurante de comida experimental come-se ao balcão. Do outro lado, está a cozinha, aberta, onde os três cozinheiros liderados por Vasco Coelho Santos preparam o menu à vista de todos.

Abriu em modo soft opening, no passado dia 7 de dezembro, e esta semana começa a funcionar a cem por cento. Euskalduna Studio é o novo projeto do chef Vasco Coelho Santos, que durante dois anos se dedicou a fazer jantares em casas privadas, com o seu Euskalduna Private Cooking. Agora, decidiu dar uma nova forma à marca que criou.

Mantendo a ideia de proximidade e intimidade, o chef, que já fez parte das equipas de cozinha do Pedro Lemos, Mugaritz, Arzak e El Bulli, entre outros, quer agora apresentar as suas criações de porta e cozinha abertas. O restaurante explora a ideia de «balcão», que de um lado serve para cozinhar, do outro para comer.

Depois de ter saído do restaurante Pedro Lemos, Vasco passou uma temporada a viajar pela Ásia. Foi «perceber como funciona isto de cozinhar ao balcão», explica. Aprendeu que preparar pratos à frente do cliente «não é tão fácil como parece», diz, mas por isso mesmo é um desafio. Além da intimidade, o restaurante quer conquistar a confiança dos clientes. Isto porque quem vai fazer uma refeição ao Studio não sabe o que vai comer. Eis o processo: quando se faz a reserva para ocupar um dos oito lugares ao balcão ou um dos oito lugares em mesa, o cliente tem de especificar o que não come. A partir dessas informações, o chef prepara um menu de dez momentos.

Vasco aprendeu que preparar pratos à frente do cliente «não é tão fácil como parece», mas por isso mesmo é um desafio.

A sua cozinha, minimalista e experimental, definição do próprio, revela-se numa refeição que funciona como viagem, por vezes com sabores pouco comuns, até porque uma das ideias é «trabalhar produtos diferentes do habitual», mas que não têm de ser exóticos. Na verdade, o chef dá privilégio a produtos locais e a rua em que se insere ganha, assim, importância. Vasco quis evitar a Baixa, que já está «muito saturada». Por isso, abriu numa zona em crescimento, na Rua Santo Ildefonso, a meio caminho de São Lázaro e o Campo 24 de Agosto. «Aqui tenho tudo, mercearias, talhos, peixarias, espero que o restaurante faça que o negócio da rua cresça», diz. O Euskalduna é o primeira restaurante de alta cozinha a abrir na zona, que se está a tornar um quarteirão de «comes e bebes».

 

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