Pataniscas e carapau seco na 10.ª edição do Peixe em Lisboa

O evento que celebra o peixe e o marisco na capital regressa a 30 de março. Desta vez, no Marquês do Pombal, a estrear o Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa.

Com 10 anos de existência, 22 mil visitantes só no ano passado e uma relação e parceria de longa data com chefs e restaurantes, nacionais e internacionais, seria injusto resumir o Peixe em Lisboa 2017 em apenas três momentos. Mas, entre os dez dias dedicados a celebrar o peixe e o marisco na capital (30 de março a 9 de abril) existem três grandes novidades de que é incontornável falar: a nova localização no Pavilhão Carlos Lopes, no Parque Eduardo VII, o concurso de pataniscas e o destaque do carapau seco da Nazaré.

O evento despede-se este ano do Pátio da Galé ao fim de sete edições (duas foram no Pavilhão de Portugal), com a nova mudança para o Marquês de Pombal, privilegiada pela proximidade do parque de estacionamento subterrâneo e pelos acessos. A apresentação da 10.ª edição aconteceu esta segunda-feira, precisamente no renovado Pavilhão Carlos Lopes, que proporcionará ao evento «cerca de 500 lugares sentados», como explicou o presidente da Câmara de Lisboa Fernando Medina, mais 200 do que na Galé.

O concurso de pataniscas à moda de Lisboa marca também o início de uma nova aposta, depois do já habitual Melhor Pastel de Nata da cidade, que no ano passado foi entregue à Pastelaria Fim de Século, de Benfica. Numa prova cega, o júri irá avaliar o crocante da massa, o sabor, consistência e a ausência de gorduras, além da apresentação.

Por fim, o carapau seco da Nazaré vai ser apresentado em diferentes receitas, no dia 8 de abril, pelo chef João Rodrigues do Feitoria, que vem mantendo a sua estrela Michelin há seis anos, e por Alexandre Silva, que recebeu a sua primeira com Loco, em novembro passado. Da sessão de cozinha farão ainda parte as famílias de peixeiras que mantêm viva a tradição de secar o excedente de peixe na Nazaré.

Perante a constante aposta em produtos portugueses, Duarte Calvão, diretor do Peixe em Lisboa, fala de um «público nacional cada vez mais atento à gastronomia». «Quando começámos, há 10 edições, nem sabíamos se haveria um público em Lisboa que se interessasse por esta temática», comenta ainda. A prova é de que sim e, de edição para edição, o responsável e restante equipa organizadora continuam a acrescentar-lhe novidades.

Por esse motivo, haverá uma app com uma agenda que permite escolher os eventos a assistir, uma cozinha para os mais pequenos, ações de sensibilização para o consumo sustentável de peixe com a Ciência Viva e a substituição de senhas por cartões de consumo, que podem ser utilizados nos restaurantes e na zona de bebidas.

Tal como nas edições anteriores, o público vai encontrar ainda vários restaurantes de renome, de maior ou menor dimensão. Alma de Henrique Sá Pessoa, o pequeno Boi-Cavalo em Alcântara de Hugo Brito e o Rabo d’Pêxe que traz de volta ao evento o sushiman Paulo Morais estão entre os 10 restaurantes que estarão a funcionar em permanência no salão principal.

Para ver os restantes sete restaurantes do Peixe em Lisboa, percorra a fotogaleria acima

Numa década de existência, Duarte Calvão prevê que já tenham passado pelo Peixe em Lisboa mais de 120 chefs internacionais. Este ano os destaques vão para o espanhol Ricard Camarena, de Valença, com uma cozinha fortemente ligada ao mar e famoso pelos seus caldos, o brasileiro Felipe Schaedler, o britânico Alyn Williams que trabalhou com Gordon Ramsay e Sergi Arola, que aqui surge acompanhado por Milton Anes, que chefia o restaurante do chef espanhol no Penha Longa Resort.

Entre os portugueses vão estar nomes como Pedro Pena Bastos do Esporão, Justa Nobre, Miguel Laffan que recuperou a estrela do L’And & Vineyards, Kiko Martins, que irá conduzir a sessão de cozinha ibero-americana pelas mesas de Lisboa, e ainda José Avillez, que fecha o último dia. Da lista de rostos nacionais faz ainda parte o trio intitulado de Estrelas do Norte, com Ricardo Costa do The Yeatman, Rui Paula da Casa de Chá da Boa Nova e Vítor Matos do Antiqvvm, todos galardoados pelo guia vermelho.

 

Peixe em Lisboa 2017
Pavilhão Carlos Lopes, Parque Eduardo VII
30 de março a 9 de abril. Das 12h00 às 00h00. Sexta e sábado, até às 01h00, exceto primeiro e último dia. Dia 30, começa às 16h00 e dia 9 encerra às 18h00.
Preço: 15 euros (adulto), 6 dos quais são dedutíveis. Entrada gratuita para crianças até aos 12 anos (dia 3 de abril é dia económico e o valor de entrada dá direito a um consumo de 12 euros).

 

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