Onde comer a sobremesa pavlova em Lisboa e no Porto

A sobremesa que ainda hoje divide australianos e neozelandeses fisgou os portugueses pelo olhar e pelo estômago.

Como em tantas outras coisas doces da vida, a origem exata da pavlova, um bolo à base de merengue crocante por fora e cremoso por dentro, está envolta numa quezília. Australianos e neozelandeses disputam até hoje a autoria da receita, situada na década de 1930, e cujo nome seria uma homenagem à bailarina russa Anna Pavlova, nascida em finais do século XIX em São Petersburgo – que, está documentado, apresentou-se nos dois países nessa época. Outros há que, em vez de seguirem a lei salomónica e dividirem o mérito pelas duas nações, preferem atribuir ao célebre gastrónomo francês Auguste Escoffier a invenção.

Não se sabe. A paternidade incerta não a impediu de ganhar mundo, sendo relativamente comum encontrar variações ao longo dos tempos; inclusive em Portugal. Nada, no entanto, que se compare à popularidade atual de que desfruta. Entre os precursores do seu reaparecimento pela porta grande está Daniel Cardoso, que criou várias versões da sobremesa e fez delas um chamariz importante de Le Moustache Smokery, em Lisboa. O ex-concorrente do concurso MasterChef desligou-se do projeto, tendo-se mudado para Aveiro, mas as pavlovas mantêm-se como um dos seus cartões de assinatura.

E o que era uma exceção nas cartas tornou-se uma tendência, ao ponto de cadeias como A Padaria Portuguesa ou a Slow, do grupo H3, a terem incluído nas suas ofertas. Por outro lado, proliferaram lojas especializadas como a Miss Pavlova Cake & Co, no Porto, ou websites monotemáticos como a Pavlova Lovers. A primeira, de portas abertas na Rua do Almada, nasceu como página de Facebook, mas o sucesso foi tanto que, desde 2015, Ana Maio, a mentora, abriu loja própria para a venda direta de cinco variantes (clássica, floresta negra, exótica, agridoce e do bosque); a segunda aceita encomendas online e produz, pelo menos, outros cinco tipos diferentes (até em minicupcakes).

Longe de ser apenas um fenómeno da era digital, o doce adentrou noutros restaurantes.

Na capital são exemplo a Sala de Corte, onde a equipa do chef Luís Gaspar mantém desde o início a pavlova de frutos vermelhos com sorvete de framboesa a 5 euros – e não será exagero dizer que muitos vêm aqui pelas carnes e por esta sobremesa -, ou ainda o Bairro do Avillez, em que uma versão composta por merengue estaladiço com mousse de morango, compota de frutos vermelhos e espuma de queijo-creme é servida no Páteo a 6 euros. Se é ou não um amor para vida, não temos como o afiançar, mas a pavlova está no ar e não parece querer ser apenas só mais uma paixão fugaz.

 

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