Ana, Joana e Marco cresceram a poucos metros do local onde, no início do ano, nasceu o Mercador. Foi no café O Caseirinho, escondido na rua mais pequena da cidade, a Afonso Martins Alho, que os três irmãos acompanharam de perto a gestão cuidada e atenta da mãe, que hoje é peça fundamental na cozinha do projeto da família Pinheiro. Decididos a replicar a arte da mãe num espaço mais moderno, adotaram o nome em honra ao próprio Afonso Alho, famoso comerciante do século XIV.
O antigo armazém têxtil foi alvo de obras que os irmãos inspecionaram atentamente, evitando que nenhum traço histórico se perdesse. Permaneceram os tetos trabalhados, o comprido armário que guarda os vinhos, chás e bolachas à venda, e os simpáticos vitrais coloridos do escritório que hoje serve de cozinha.
As origens transmontanas da família sentem-se na carta. É de lá que vem a maioria da matéria-prima que compõe os pratos mais substanciais e que servem de opções ideais para uma refeição diária, entre cabrito assado no forno e feijoada de marisco. «Queremos ser um espaço cosmopolita mas sem perder a tradição da comida caseira e tradicional», frisa Marco Pinheiro.
De manhã à noite, há opções para diferentes tipos de apetite, maioritariamente assentes na pastelaria de fabrico próprio, entre cheesecakes e a especialidade, os pastéis de Tentúgal. Para aproveitar a febre do brunch, marcam presença as receitas de ovos, mexidos, no forno ou Benedict, e os iogurtes com granola e fruta, para fazer felizes os clientes adeptos de comida saudável.
Obrigatório provar: o toque da matriarca continua a sentir-se, não apenas nas receitas mais tradicionais mas também na vertente da doçaria. De todos os doces, destacam-se os pastéis de Tentúgal, de massa fina e estaladiça com recheio de doce de ovos. E sempre caseiros, como se quer.
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