A palavra japonesa koppu remete para a imagem de um copo, herança portuguesa em terras do Sol Nascente, porque muito do que aqui se passa tem que ver com tigelas e caldos, mas já lá vamos. Por agora importa esclarecer que o restaurante, onde cabem apenas trinta pessoas à vez (com direito a sala privada para grupos pequenos), só está a funcionar a partir das 19h00, o que torna a reserva mais do que aconselhável.
A avaliar pela adesão é legítimo pensar que Susana Borges, a mentora, poderá ter acertado em cheio ao ter preterido o habitual sushi e sashimi em favor dos ramen (de origem chinesa, igualmente conhecidos por laméns, são um caldo onde entra macarrão, ervas, legumes e carne), das soba (macarrão feito com trigo sarraceno) e das yakisoba (macarrão frito em molho).
Pratos populares, criados sobretudo em função de quem trabalhava e precisava encontrar conforto e energia no que comia, estes caldos e massas têm vindo a despertar grande interesse, mas até à data era relativamente difícil encontrar quem os servisse numa base diária e com atenção aos detalhes.
É precisamente aí que assenta o grande trunfo do Koppu, que até ver disponibiliza quatro ramen na carta (vegetariano, de porco e dois de galinha, estando previsto um quinto a partir de ossos do porco), mais uma soba salteada com legumes e uma yakisoba com teriyaki de galinha, cujo método de preparação Susana Borges foi aprender com um mestre japonês em Londres.
A oferta é complementada com gyosas, sanduíches em pão bao (cozido a vapor), dashi (caldo) de atum, sopa de miso, sobremesas que tentam fazer uma ponte entre o paladar menos doce dos japoneses e o mais guloso dos portugueses, e também saké, gin, cervejas, whiskies e chás vindos do Japão. Caso para dizer, encerrando a prosa, que não se sai do Koppu com a sensação de copo meio vazio.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.