Ainda mesmo antes de abrir portas, o JNcQuoi já despertava a curiosidade geral. Em parte por se tratar de um conceito de luxo ainda raro por cá; em parte por se inserir no edifício histórico do Teatro Tivoli BBVA, em plena Avenida da Liberdade; em parte, por se anunciar como o primeiro espaço em Portugal onde está presente a francesa Ladurée, conhecida pela sua fina pastelaria (e pelos macarons, sobretudo).
Razões não faltam, e todas elas foram, certamente, ponderadas ao milímetro por Paula Amorim, fundadora da cadeia Fashion Clinic e do JNcQuoi, que contou com a cumplicidade do marido, Miguel Guedes de Sousa, CEO do Grupo Amorim Luxury e neto de Frederico Lima Mayer, o empresário que fundou o cine-teatro.
São três andares e duas entradas, com uma arquitetura impactante do catalão Lázaro Rosa-Violán, organizados para proporcionar, ao longo de todo o dia, diferentes experiências de comer, beber e comprar. O piso -1 foi reservado à secção masculina da Fashion Clinic, daí ter-se optado igualmente por colocar aqui um bar de charutos.
No piso 0 está o Delibar, onde é possível não só comer interruptamente do pequeno-almoço à ceia como comprar tudo aquilo que é servido. Mas neste mesmo piso causam furor uma adega climatizada a 18 graus (com edições limitadas e champanhes raros), o balcão da Ladurée e ainda uma secção com os mais belos livros coffee table da editora Assouline.
O Piso 1 ficou reservado ao restaurante, decorado a partir dos frescos originais e com uma réplica em tamanho real do Velociraptor , quase sempre lotado ao jantar, onde a cozinha está a cargo do chef António Bóia (ex-Ritz Lisboa), assumidamente confortável e com doses generosas. Falta falar das casas de banho, no piso 0, cinco cabinas individuais e sem género definido à volta da estação do DJ. Porque a vida, pelo menos no JNcQuoi, é suposto ser uma festa.
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