Guia Michelin: A volta das estrelas. Opinião de Fernando Melo.

Os responsáveis ibéricos pelo Guia Michelin já anunciaram que, em 2017, Portugal duplicará a sua quota parte de estrelas. O crítico de comida e vinhos da Evasões arrisca uma previsão sobre quais os potenciais escolhidos.

Por muitas voltas que se dê, por muitos guias que se inventem e novas formas de avaliar restaurante, o Guia Vermelho Michelin permanece intocável no seu estatuto de sigilo, independência e até algum mistério. Não temos tido sorte no nosso país, temos sofrido de um défice de interesse e atenção por parte dos inspectores, que têm dado a conta gotas uma estrela aqui outra ali, enquanto em Espanha são vinte ou trinta novas estrelas por ano. Num acesso de generosidade ou excentricidade, em novembro já vamos saber, parece que vamos receber tantas novas estrelas como aquelas que já temos.

Atrevo-me, temerário, a dizer o que me parece poder acontecer em Portugal. No topo dos topos, temos dois fortes candidatos à terceira estrela, ambos no Algarve: Vila Joya (Dieter Koschina) e Ocean (Hans Neuner). Sobem para duas estrelas Pedro Lemos (Porto), Yeatman (Vila Nova de Gaia), Fortaleza do Guincho (Cascais) e Il Gallo d’Oro (Funchal). Recupera a estrela Miguel Laffan no L’And Vineyard (Montemor-o-Novo) e ganham a primeira João Oliveira (Vista, Praia da Rocha) e Rui Paula (Boa Nova, Matosinhos).

Mas se não for como digo, importante mesmo é a confiança no talento e capacidade das nossas cozinhas e dos nossos cozinheiros. Uma só estrela mais é festa obrigatória para toda a gente.




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