Gianpiero Zignoni: «queremos salientar os aromas do café»

Vernazza é o nome de uma das Cinque Terre, em Itália, e foi também o nome escolhido por Gianpiero, Filipe Magalhães, o Rui Gomes e Fred Silva para o projeto de ‘specialty coffee’. Nascido em Génova, tal como o seu pai, e filho de mãe viseense, Gianpiero juntou-se aos amigos para lançar a marca que já se encontra em vários cafés e bares do Porto (ver em baixo) e que está expandir-se para outras cidades.

Como nasceu o Vernazza Coffee Roasters?
Gostamos muito de café e ao longo de várias viagens apercebemo-nos que esta cultura estava muito avançada lá fora. Antes, tínhamos a ideia de que o café só é bom em Portugal e em Itália. Se compararmos o café de esquina de cá com o de outros países, o nosso é realmente melhor! Mas depois, começamos a descobrir cafetarias que trabalhavam exclusivamente o café e que se dedicavam à arte de o servir.

E começaram a investigar?
O Filipe Magalhães – o nosso mestre-torra – estava ligado a uma empresa de máquinas de café e começou a ouvir falar, nas feiras, dos ‘specialty’. Entre todos fomos falando. Um dia, estávamos com os copos, e decidimos avançar com uma empresa para torrar café (risos).

Como é que se define um specialty e o que o diferencia do industrial?
É trabalhado de forma constante desde que é plantado até ao serviço do barista. O café industrial é comprado por atacado. Nós conhecemos as fazendas com que trabalhamos. O café é colhido à mão e os produtores são bem pagos. São unidades familiares com que temos um relacionamento direto.

«Nós conhecemos as fazendas com que trabalhamos. O café é colhido à mão e os produtores são bem pagos.»

Como descobrem as fazendas?
Em pesquisas, a viajar e através da SCAE (Speciality Coffee Association of Europe) que nos certifica, acompanha e dá ações de formação. Faz também origins trips, que nos leva a fazendas em vários países.

Que requisitos o produto tem de cumprir?
O grão não pode ter defeitos. A nível da plantação, tem de usar o mínimo possível de químicos (grande parte é de origem orgânica); a nível aromático, tem de ter aromas identificáveis, que é o que faz a sua ‘especialidade’. Há várias centenas de aromas e combinações que se podem trabalhar. Depois, as torras são feitas em pequenas quantidades. No industrial, a torra é em grandes quantidades, o que abafa os defeitos da matéria-prima. O que nós queremos é salientar os aromas da matéria-prima, a tal ‘nota especial’.


Vernazza vai ter cafetaria própria no Porto

A par de vender o seu café para várias cafetarias e bares, a Vernazza quer ter um espaço próprio no Porto, o que irá acontecer durante este ano. Isto para apresentar uma maior diversidade e fazer experiências mais arriscadas, como por exemplo cafés de extração a frio. As novidades podem ser seguidas no Facebook da marca facebook.com/vernazzacoffee.

Alguns bares e cafetarias no Porto com café Vernazza:
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend