Do Peru para a cidade de Lisboa, com muito amor

Primeiro, a peruana Valeria Olivari fisgou-nos com a suas empadas e bolachas. Agora, no seu atelier lisboeta, arrisca-se num novo menu de degustação aberto a poucos mas bons. É já dia 27 de abril.

Do seu atelier lisboeta Las Cholas, de segunda a sábado, saem fornadas das empanadas (recheios a eleger entre frango e nozes, atum e tomate, espinafres e mozzarella ou vitela e passas) e dos alfajores (bolachas, tipo sanduíche, recheadas com, nada mais nada menos, doce de leite) que caíram no goto de algumas das melhores pastelarias da capital e de uma freguesia particular cada vez mais numerosa.

Ainda assim, a peruana Valeria Olivari, natural da cidade de Tacna (Sudoeste do Peru, a 35 quilómetros a norte da fronteira com o Chile), nunca escondeu que, de tempos a tempos, gostaria de dar a provar menus de degustação abertos a pequenos grupos.

Formada em pastelaria, com passagem por restaurantes como o Vila Joya (o primeiro duas estrelas Michelin do Algarve, onde estagiou um mês e meio), o grupo Olivier ou o clube Silk, ela já fez algumas parcerias com outros chefs, mas no jantar que vai servir no dia 27 de abril, pelas 21 horas, estará por sua conta e risco.

Da ementa, com um custo de 45 euros por pessoa (bebidas e café incluídos), fazem parte uma causa (aperitivo) de sapateira, maionese de lima, tomate cherry, vieiras, quinoa preta crocante, abóbora e manjericão. Segue-se, como entrada, um ceviche de corvina, lulas, milho, batata doce, cebola roxa, polvo, maionese de azeitonas, ovo de cordoniz e creme de abacate. Como pratos principais, coração de novilho e pancetta, sem esquecer a sobremesa de chocolate e maracujá a que Valeria junta a deliciosa fruta lúcuma (muito usada na cozinha devido ao seu sabor idêntico à baunilha, mas com uma consistência perfeita para sorvetes).

O coração é grande, mas os lugares são limitados, pelo que vale o alerta para reservar o seu lugar o quanto antes.

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