Chegar, ver a peça e ir embora. Durante muitos anos, este foi o ritual habitual de quem passava pelo Teatro Rivoli. «Muitas vezes as pessoas vinham aos espetáculos e não tinham um espaço de acolhimento. Acabavam por permanecer no foyer», explica Susana Peixoto, que está encarregada da gestão do novo Café Rivoli. O projeto conjunto com a administração do teatro obrigou à remodelação do terceiro piso do edifício, hoje com uma decoração nova que permitiu transformar o local num espaço mais moderno e versátil.
A sala, ampla e com pormenores decorativos minimalistas, mas nem por isso menos acolhedores, não está pensada para servir apenas quem ali se desloca para assistir aos espetáculos. Abre-se igualmente a quem procura apenas uma refeição leve, tomar um café ou ler um livro nos sofás – tudo com o bónus da vista sobre a Praça D. João I. À semana, está sempre disponível um prato do dia, inspirado na cozinha internacional – caril de frango, spaghetti puttanesca ou porco desfiado são alguns dos exemplos da oferta – e que, acompanhado de sopa e bebida, se serve pelo preço económico de 6,50 euros.
Ao fim de semana, a ementa disponibiliza tábuas de rosbife e carpaccio de polvo. Os produtos são escolhidos a dedo, numa tentativa de «promover os produtores locais», caso do café artesanal da Vernazza, da cerveja de pressão da Sovina e dos chás biológicos da Casa da Penalva. Bons motivos para que os portuenses voltem ao teatro, mesmo que não seja para assistir ao espetáculo.
Obrigatório provar: Os doces, todos caseiros, têm a assinatura de Margarita Pugovka, que ali vende em exclusivo um trio de sobremesas de prova obrigatória: a pavlova de frutos vermelhos, a tarte merengada e o medovik, um bolo russo às camadas com mel e crème fraîche.
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