A refeição ideal #8: no restaurante Café Colonial, Lisboa

Todas as segundas-feiras, a Evasões sugere uma refeição. A desta semana pode ser apreciada no Café Colonial Restaurant & Cocktail Bar, a cargo de Vasco Lello no Memmo Príncipe Real.

O restaurante, que também é bar e esplanada, fica no hotel Memmo Príncipe Real. A decoração contemporânea e informal, que combina madeiras, pedra lioz, mármore e um emblemático veludo verde-seco, faz-nos querer ficar desde o primeiro minuto, embora seja difícil desviar os olhos da vista — para a cidade e para o terraço com piscina.

Vasco Lello, o chef, pensou numa fórmula em que a comunhão entre o espaço e a comida se faz naturalmente — por isso há diferentes cartas ao longo do dia — e num tipo de cozinha lusófona que nos permite viajar à mesa pelas muitas influências que Portugal recebeu nas suas idas e vindas através dos tempos; isto sem perder de vista o público local e a necessidade de ter pratos mais portugueses. Na ementa do restaurante, a diáspora lusa está efetivamente lá — das entradas aos pratos de peixe e carne, sem esquecer as sobremesas —, porque o seu fio condutor é a diversidade, só que o todo é coerente e não abusa do exotismo.

Para esta refeição ideal, escolhemos a carta de jantar, porque a do almoço varia diariamente, e não abrimos mão do couvert para começar: são diferentes tipos de pães à escolha (gostámos especialmente do alentejano tostado em azeite) com três opções de manteigas feitas na casa (kimchi, ou seja vegetais fermentados, amendoim e tinta de choco). Como entrada, ideal para partilhar, as ostras ao natural com sumo asiático, lima e pimenta e também numa versão cremosa servida como shot (13 euros). No prato principal, uma outra dupla não necessariamente óbvia mas que combina muito bem na prática — falamos do pato asiático que é assado e fatiado sobre um molho muito guloso, o hoisin (molho chinês para churrascos); à parte vem uma tigela com noodles e vegetais crocantes (18,50 euros). A sobremesa pedia algo mais cítrico na boca, para limpar o palato, mas sem abdicar do toque do doce, daí o suspiro com natas batidas, frutos vermelhos, pistácios tostados e uma bola de sorvete de maracujá. No final, a sensação agradável de estar saciado sem um peso excessivo no estômago ou na consciência.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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