A refeição ideal #7: no restaurante Flores, Lisboa

Todas as segundas-feiras, a Evasões sugere uma refeição. A desta semana tem lugar no restaurante Flores, que vai encerrar portas em outubro de 2017.

A 31 de outubro, o Flores, no Bairro Alto Hotel, fecha de vez. Sem dramas. O hotel vai crescer e encontra-se já em obras, mas a partir de novembro será necessário cessar totalmente a atividade por alguns meses para, em meados de 2018, ressurgir renovado e… com um outro conceito de restauração no quinto andar.

O chef Bruno Rocha e a sua equipa não desvendam muito sobre o que está para vir — fala-se num balcão com nove metros de comprimento e num menu pensado para servir vários públicos a horas diferentes —, até porque por agora preferem dar destaque à nova, e derradeira, carta do Flores. Bruno Rocha, que trabalhou muitos anos no Algarve antes de se fixar em Lisboa, é adepto de uma cozinha contemporânea com “os pés em Portugal e a cabeça no mundo” — na prática, isso traduz-se em clássicos de base que todos conhecemos mas trabalhados e apresentados com um toque pessoal de inovação.

Mais afinado do que nunca, e sem perder de vista uma maior frescura propícia à época, ele aumentou o número de entradas para partilhar (cerca de 13 a 14), introduziu três opções vegetarianas (o mesmo número das sobremesas) e deixou quer os pratos de carne, quer os de peixe em 5/6 sugestões.

Para esta refeição, aconselhamos que não descarte o couvert (gostámos especialmente dos tremoços fermentados com limão!). Como entrada, o nosso coração balança entre o prato com diversos tipos de tomate e molho de soja (que se come com os olhos) e a vitela, cortada muito fininha, servida com ananás dos Açores e, dica de mestre, wasabi na quantidade certa só para lhe imprimir vivacidade. Como pratos principais, os rissóis de peixe com arroz de tomate, uma combinação bem portuguesa e por isso arriscada (porque todos temos uma referência a esse respeito), estão no ponto, mas se preferir carne pode ficar-se antes pelo lombo de borrego (muito tenro e de gosto suave, ponto a favor) acompanhado por cenouras algarvias. Para terminar em beleza, uma taça com lima, limão e gin tónico (só se sente q.b., vale o aviso).

A carta vai manter-se tal como está até ao final, mas pelo meio estão previstos jantares temáticos ligados a produtos endógenos como o tremoço e o alperce.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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