Desde há oito anos que, numa noite de setembro, as portas de espaços culturais se abrem de par em par na sétima colina de Lisboa. É o chamado Bairro das Artes, uma espécie de noite branca de galerias, com inaugurações simultâneas de exposições a acontecerem do Cais Sodré ao Rato. O mapa lançado para assinalar os espaços culturais nessa data acabaria por servir o ano inteiro os amantes da arte. Afinal, num só folheto estavam reunidos os principais locais da cidade ligados à arte contemporânea.
Foi então que a ideia surgiu a Cláudio Garrudo e Ana Matos, mentores do Bairro das Artes e fundadores da associação cultural Isto Não É Um Cachimbo. «Apercebemo-nos de que existia uma lacuna e que, ao contrário das grandes capitais europeias, Lisboa não tinha um mapeamento de todos os espaços expositivos de arte contemporânea com programação regular», explica Cláudio, adiantando que o projeto do Mapa das Artes esteve três anos na gaveta, antes de a Fundação Millennium BCP o concretizar em maio de 2016.
A segunda edição (primeira atualização, portanto) foi lançada há um mês e nesta encontram-se assinalados nada menos do que uma centena de espaços, entre museus, galerias mais pequenas, fundações e associações de arte contemporânea, algumas dedicados à ilustração ou à fotografia. O mapa pode ser consultado em mapadasartes.pt, mas também em formato de papel, gratuito e distribuído em todos os espaços mapeados, bem como postos de turismo e serviços municipais. Cabe no bolso e é ideal para seguir a arte pelas ruas de Lisboa.
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