Dez segredos para descobrir na linha de Sintra

Veja nesta fotogaleria sugestões para comer, passear e o que comprar, ao longo da linha de Sintra

A Tendinha, Mem Martins

«Temos clientes muito fiéis, não só pessoas que trabalha nas empresas à volta, mas gente que vem de propósito desde muito longe», conta Didier Santos, um dos sócios-gerentes.

No piso superior há uma sala de cerimónia com capacidade para quase 200 pessoas que chegam a usar nos dias de maior movimento. E o que procuram? «Uma cozinha de confiança, com produtos frescos.» Vêm pelo marisco, sobretudo a Mariscada com arroz do mar. Uma travessa XXL em que parece caber lá dentro o Oceano, com percebes, sapateira, camarões, amêijoas à bulhão pato e ostras.

«Há muita gente que come como entrada e depois opta pelo cabrito. Mas também temos um menu mais económico», termina.

A Tendinha, Mem Martins

Restaurante Apeadeiro, Sintra

Um clássico, paragem obrigatória desde 7 de setembro desde 1970. E aqui qual é o segredo? 'O segredo somos nós», brinca o Sr. Raúl, um dos sócios, ele que começou a trabalhar como empregado. «Agora a sério. O segredo não somos nós. O segredo é não haver segredos, nem truques, nem grandes molhos. A nossa comida é feita da forma mais simples e saudável possível. Aqui nunca ninguém tem problemas de estômago», garante.

Cozinha portuguesa, honesta, simples, que tanto pode vir em forma açorda, arroz de tamboril ou posta à Mirandesa. A decoração e o ambiente acompanham a comida. Autêntico e à prova de modas.

Apeadeiro, Sintra

Estrela do Bico, Massamá

«O antigo Primeiro-Ministro vem cá muito», diz Jorge Monteiro. Pedro Passos Coelho vive a poucos metros de distância, mas nem só de gente da terra se faz a casa, até porque não há muitas casas assim na região de Lisboa. No país.

Cozinha lusófona, com especial incidência na cozinha africana. Porventura a resposta para a eterna pergunta: onde é que se come uma boa cachupa ou uma boa muamba? «Há muita gente que gosta e procura comida africana, o problema é a consistência.». Este está aqui há 21 anos, sempre com a mesma receita.

Além da cachupa ou da muamba, estão lá outras preciosidades como o bobó de camarão o caril de amendoim, além dos obrigatórios pratos portugueses e brasileiros. E, antes de tudo, as «famosas entradinhas» - cogumelos recheados no forno, linguiça estufada, farinheira de Barrancos ou ovos de codorniz.

Estrela do Bico, Massamá

Bar Saloon Cintra

«Temos a maior garrafeira de Sintra. Só marcas de whisky são cerca de 80. Todas as bebidas estão muito bem representadas», conta Daniel Silva, dono do Bar Saloon Cintra. «Também apostamos na cerveja de qualidade».

A oferta e os serviços diferenciados ajudaram a que se tornaram num local de culto – além das bebidas também se pode comer tostas, pizzas e hambúrgueres, criaram até uma pizza com base de batata frita! – ainda assim, é a decoração que mais surpreende.

Um lugar de alma vintage, mas levado ao extremo, o que lhe dá uma aura e encanto especiais. Há posters, calendários, latas, garrafas, caixas de fósforos colocadas à parede e ao teto, quase não deixando um espaço em branco.

Bar Saloon Cintra

O bolo Rei, as queijadas e os fofos de Belas

As queijadas de Sintra já quase toda a gente lhe conhece o nome e o sabor, mas os Fofos de Belas continuam a ser um segredo para muita gente. Podem ser encontrados na freguesia de Belas na mesma casa que os produz desde 1850. Um bolo feito à base de ovos, farinha e leite feito em forno de lenha.

Mas há outras iguarias na Linha, como o bolo Rei. Escusado será dizer que não é uma receita local, se bem que há casas onde se tornou uma especialidade e é vendido durante todo o ano. Como as Pastelarias Galeão e Pastelaria Central, ambas em Mem Martins, junto à estação.

Matinha de Queluz

O Palácio de Queluz e os seus Jardins já quase dispensam apresentações, o que muita gente parece desconhecer (à exceção dos locais), é a existência da Matinha de Queluz. Um pequeno oásis verde com 21 hectares, outrora propriedade da Casa Real, que estava ligada ao Palácio e foi literalmente cortada a meio pelo IC19.

Teatro

Fundada em Março de 1995, esta companhia profissional já andou por vários palcos e teve várias casas, mas agora parece ter assentado arraiais em Monte Abraão, junto ao estádio do Real Sport Club.

Tem produções próprias para públicos de todas as idades – destaque para o musical Capitão Miau Miau, para os mais novos, em cena até Junho de 2017 – e recebe também espectáculos de outras companhias. Todas as semanas há também aulas de ballet, dança ou teatro.

Hateball Tattoo Club, Cacém

Formado em História, João Martins trabalhou no Palácio da Pena, foi técnico comercial até que, um dia, por sugestão da mulher, resolveu abrir a loja de tatuagens. «Nunca me tinha passado pela cabeça», confessa «mas com o tempo acabei por amadurecer a ideia».

O objetivo passava por desmistificar e democratizar este universo tantas vezes olhado com desconfiança. «Quando decidi fazer a primeira o meus pais ficaram em estado de choque. Tinha uma conotação muito negativa. Desde o início tentámos precisamente mostrar que as tatuagens não são exclusivo de uma tribo obscura, mas sim algo acessível a toda a gente. Hoje em dia temos miúdos que vêm com os pais. E cerca de 60 por cento serão mulheres».