A moda das motas café racer dos anos 50 está de volta

moda das motas café racers
Não tem que ver com velocidade, antes com o gosto por aquilo que é único. É a cultura das motas café racer, conceito originário dos anos 1950 que está a invadir as nossas estradas fazendo muitos descobrir rotas – mas também lojas, bares e outras moradas em torno daquilo que prima pela originalidade e pela personalização.

Numa era em que muitos dos objetos são padronizados e feitos em massa, a customização, aliada ao revivalismo, tem singrado em vários campos. Barbeiros, bares, lojas, hostels, festivais de cinema surgem de norte a sul de Portugal, tal como noutros países europeus. E todos com um denominador comum: a cultura da motas café racer, uma certa forma de expoente máximo de afirmação do indivíduo.

«Cinquenta por cento das pessoas que transformam as suas motas em café racer vão para as oficinas alterá-las juntamente com os mecânicos», nota Nuno Mendes, responsável pelo bar/barbearia O Purista e um dos organizadores do Lisbon Motorcycle Film Festival, que decorreu em junho. «São os mesmos que vão para as fábricas de cerveja artesanal saber como esta é feita. Interessam-se pelo processo e não só pelo consumo das coisas.»

Miguel Velasco, um dos donos da loja Stone Life Style, que vende acessórios para motas café racer, confirma a tendência. «Os nossos clientes são pessoas que procuram um lifestyle diferente, longe das velocidades e da ostentação. Querem coisas boas, de qualidade, mas sobretudo procuram algo de único, só deles.»

O termo café racer é hoje utilizado para denominar a maioria dos estilos de motas clássicas ou neoclássicas alteradas

É a cultura da personalização versus a cultura da padronização. Para Pedro Oliveira, da empresa de transformação de motas Ton Up Garage, «há vontade de voltarmos a estar ligados ao nosso eu criativo e também à necessidade de termos o que nos rodeia feito para nós, ou seja, individualizado e único.» E isso transmite-se em locais, encontros, projetos e até mesmo em rotas que dão a descobrir os melhores segredos de Portugal. As motas café racer são mais do que meras motas, é toda uma filosofia e um estilo de vida.

O termo café racer é hoje utilizado para denominar a maioria dos estilos de motas clássicas ou neoclássicas alteradas. As café racers nasceram no final dos anos 1950, em Inglaterra, pela mão da subcultura rocker, também conhecidos como ton-up boys. Na busca de maior velocidade, estes jovens rebeldes, amantes do rock’n’roll americano e com os blusões negros sempre vestidos, transformavam e despojavam as suas motas do supérfluo. O objetivo era serem mais leves e ter maior velocidade para corridas ao desafio que faziam entre os cafés que frequentavam. Um desses cafés, ao qual se atribui o nascimento das café racers é o londrino Ace Café que ainda hoje existe.

Atualmente, a designação café racer foi generalizada para denominar outros estilos de motas, como por exemplo as scramblers. Estas são motas clássicas dos anos 1960 e 1970 alteradas para participarem em provas de pista de terra batida. Steve McQueen imortalizou o estilo scrambler no filme ‘A grande evasão’ (1963).

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